5 pessoas morreram e 8 ficaram feridas após atirador abrir fogo em Fort Lauderdale. Ele serviu nas Guardas Nacionais de Porto Rico e Alasca e na Guerra do Iraque, segundo o Pentágono.


EFE


As autoridades federais dos Estados Unidos informaram que não descartam a possibilidade de o ataque que deixou 5 mortos e 8 feridos no Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale-Hollywood, no sul da Flórida, tenha motivações terroristas. 

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Passageiros esperam diante de aeroporto na pista em Fort Lauderdale - Lynne Sladky / AP

A afirmação foi feita por George Piro, agente especial responsável pelo escritório do FBI (a polícia federal americana) em Miami, em entrevista coletiva na noite desta sexta-feira (6) no aeroporto.

Piro afirmou que "não se descarta" a hipótese de terrorismo e mantém todas as possibilidades em aberto. Disse também que as recentes viagens do suspeito estão sendo revistas.

O agressor foi identificado na coletiva como Esteban Santiago, de 26 anos. Ele é veterano da Guerrra no Iraque (veja mais abaixo) e utilizou uma pistola semiautomática 9mm para abrir fogo indiscriminadamente contra pessoas que esperavam pelas malas no terminal 2 do aeroporto.

Esteban chegou a Fort Lauderdale em um voo vindo do Alasca, segundo as autoridades, e pegou a arma de sua própria bagagem. Após os disparos, ele se entregou sem opor resistência, foi detido e interrogado e deve ser indiciado, afirmou o chefe do FBI em Miami.

Além dos 5 mortos e 8 feridos pelos tiros, mais de 30 pessoas foram levadas a hospitais locais com contusões ou ossos quebrados devido ao caos causado pelo atirador, segundo a agência de notícias Reuters.

Após o ataque, todos os serviços do aeroporto foram suspensos. As decolagens foram canceladas e só tiveram autorização para pousar aviões que já estavam a pelo menos 50 milhas do local. Os demais foram desviados para outros aeroportos, inclusive um voo da Azul de Campinas (SP).

Problemas mentais

Piro confirmou que Esteban foi a um escritório do FBI em Anchorage (Alasca) em novembro, agindo erraticamente, e foi entregue à polícia local - que o levou a um centro médico para avaliação mental.

Um oficial afirmou à Reuters que ele disse a agentes no escritório de Anchorage que sua mente estava sendo controlada por uma agência de inteligência dos EUA, que ordenava que ele assistisse a vídeos do Estado islâmico.

Esteban serviu de 2007 a 2016 na Guarda Nacional de Porto Rico e na Guarda Nacional do Alasca, incluindo um destacamento para o Iraque de 2010 a 2011, segundo o Pentágono.

Engenheiro privado de primeira classe e combate, ele recebeu meia dúzia de medalhas antes de ser transferido para a reserva inativa em agosto. Uma porta-voz militar disse à agência de notícias Associated Press (AP) que Esteban foi desligado da Guarda Nacional do Alasca por performance insatisfatória.

Bryan Santiago, irmão do atirador, afirmou também à AP que Esteban já recebeu tratamento psicológico no Alasca, onde morava. Bryan disse que, embora tenha nascido em Nova Jérsei, o irmão cresceu em Porto Rico, para onde foi aos dois anos.


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