Equipamento pode ser fundamental para esclarecer o que provocou o acidente aéreo que vitimou o ministro Teori Zavascki; perícia vai analisar se gravador estava ligado e registrou conversas.


Por G1, Brasília


A Força Aérea Brasileira (FAB) recuperou nesta sexta-feira (20) a caixa-preta que grava as conversas na cabine do avião que caiu com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e mais quatro pessoas. 

Resultado de imagem para acidente aereo paraty
Bombeiros trabalham na área do acidente no mar de Paraty | Reprodução/Twitter Aeroagora

Chamado de Cockpit Voice Recorder (CVR), o equipamento aparenta estar em boa condição, ainda segundo a FAB. O gravador de voz pode ser fundamental para esclarecer o que provocou a queda do avião. O equipamento registra os diálogos do piloto na cabine do avião, seja com outros passageiros ou com o controle de tráfego aéreo.

O aparelho passará por perícia em Brasília para que os investigadores descubram se ele estava ligado e registrou conversas durante o voo. A análise será em um laboratório na sede do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Uma equipe de militares da FAB iniciou nesta sexta investigação no local do acidente aéreo. A primeira fase da apuração consiste na coleta de dados no local da tragédia.

Pela legislação, aeronaves de pequeno porte particulares, como o King Air que caiu, não são obrigadas a ter gravador de dados de voz nem gravador de dados de voo – este monitora o comportamento dos sistema do avião durante o voo. O King Air não tinha gravador de dados de voo, chamado de Flight Data Recorder (FDR).

Investigações

Além do trabalho conduzido pela FAB, há outras duas investigações em curso: uma aberta pelo Ministério Público Federal (MPF); e uma conduzida pela Polícia Federal. MPF e Polícia Federal irão apurar se houve eventual intenção deliberada de derrubar o avião.

A investigação da FAB está na chamada “fase de ação inicial”, quando há a coleta de dados. Nessa etapa, os militares analisam os destroços, buscam indícios de falhas, levantam hipóteses sobre a performance da aeronave nos momentos finais do voo, fotografam detalhes e retiram partes da aeronave para análise, se for o caso.

Depois da fase inicial de coleta de dados, a investigação prossegue com a fase de análise dos dados, explicou a FAB.

Nessa fase, os investigadores analisam o material coletado e leva em conta diversos fatores contribuintes para o acidente: fatores materiais (sistemas da aeronave e projeto, por exemplo); fatores humanos (aspectos médicos e psicológicos); ou fatores operacionais (rota, meteorologia etc).

Segundo a FAB, não é possível estabelecer um prazo para o fim das investigações conduzidas pelos militares, já que tudo dependerá da complexidade do acidente.


Post a Comment

header ads
header ads
header ads