BB era responsável por proposta de melhoria de terminais regionais, mas não avançou


Geralda Doca e Danilo Fariello | O Globo

BRASÍLIA - A contratação do Banco do Brasil (BB) pela Secretaria da Aviação Civil (SAC) para elaborar projetos para os aeroportos incluídos no programa de aviação regional foi considerada um erro da gestão petista, para o governo interino. Em entrevista ao GLOBO, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse que falta expertise à instituição no setor, pois ela não entregou sequer um projeto desde a assinatura dos contratos em 2012.


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Aeroporto de Macaé

Para acelerar o processo, projetos de quatro aeroportos (Imperatriz, Juazeiro do Norte, Campina Grande e Macaé) serão devolvidos à Infraero, que vai elaborar as propostas.

— A gente considera que foi um erro ter mandado esses projetos ao Banco do Brasil — disse Quintella, acrescentando que retirar todos os projetos da instituição poderia atrasar mais o processo.

Segundo dados da SAC, foram repassados R$ 400 milhões ao BB para elaboração dos projetos. Procurada, a assessoria de imprensa informou que o banco não comentaria a declaração do ministro.

Para tirar do papel o plano da aviação regional, lançado há quase três anos para melhorar a infraestrutura de 270 aeroportos, o governo reduziu a lista de terminais beneficiados. Na primeira fase, serão 53, mas 176 estão no radar para ampliações.

R$ 25 MILHÕES EM SUBSÍDIOS


Dos nove aeroportos do Rio incluídos no programa inicialmente, só três (Angra dos Reis, Macaé e Resende) foram mantidos. No caso de Angra, vai depender de o governo do Rio resolver a questão ambiental. Para todos os aeroportos, já foram assegurados R$ 300 milhões em 2017, segundo Quintella.

O governo pretende gastar mais R$ 25 milhões anualmente para conceder subsídios às companhias que quiserem operar na Amazônia Legal. Um grupo de 18 pequenos terminais da região receberá investimentos.

Quintella mencionou que o governo elegeu os aeroportos de Jacarepaguá, no Rio, e Campo de Marte (SP), administrados pela Infraero, para reforçar a aviação geral (jatinhos).

A próxima rodada de concessão de aeroportos (Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis) será a última em que os terminais serão leiloados de forma individual. Nas novas, explicou Quintella, a ideia é fazer a licitação por blocos (quem arrematar um aeroporto lucrativo ficaria com outros deficitários na região).



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