Problemas nas frequências de rádios obrigaram aviões prestes a pousar a permanecer no ar; falha afetou Cumbica e Congonhas
Mônica Reolom | O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Uma pane nos equipamentos que gerenciam as frequências de rádio-comunicação dos Aeroportos de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, provocou a suspensão de dezenas de pousos e decolagens por 15 minutos na noite desta sexta-feira 5.
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Os problemas nas frequências de rádios obrigaram os aviões prestes a pousar a permanecer no ar, dando voltas. Outros tiveram suas rotas desviadas para outras cidades. Já as aeronaves em solo tiveram de aguardar para levantar voo. Apesar de a anomalia nos sistemas ter durado apenas 15 minutos, foi o suficiente para os atrasos repercutirem até depois de restabelecidas as conexões.
Em Congonhas, havia sete voos atrasados às 23 horas, duas horas após a pane. O aeroporto fechou o dia com um total de 50 decolagens atrasadas - a maioria à noite. Já em Cumbica, 17 voos saíram ou chegaram depois do horário previsto entre as 20 horas e as 22 horas. Mas, entre as 23 horas e a 0 hora, 21 partidas estavam atrasadas.
Apesar da chuva que caiu na região metropolitana, o órgão descartou que a falha tivesse relação com o clima. Os ventos em Congonhas chegaram a 70 quilômetros por hora no fim da tarde, informou o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura. Até a 00h30, no entanto, não havia pistas do que poderia ter causado a pane.
Caos aéreo teve 3 falhas iguais
Durante o caos aéreo que afetou o Brasil entre 2006 e 2007, ao menos três panes afetaram os voos no País. Em dezembro de 2006, uma falha nos equipamentos de rádio do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego (Cindacta-1), responsável pelas áreas de Brasília, Rio, São Paulo e Cuiabá, provocou uma total suspensão dos pousos e decolagens nos aeroportos de Brasília por duas horas. Em março do ano seguinte, uma falha no sistema de informática do mesmo centro, que durou sete minutos, causou atrasos e cancelamento nos Aeroportos de São Paulo e Brasília. Em junho do mesmo ano, outra pane no Cindacta 1 atingiu a região. Voos de Brasília saíram com espaçamento de 20 minutos e, no Rio, operações ficaram suspensas por mais de meia hora por causa da falha.