Pular para o conteúdo principal

Avião que caiu em Taiwan teve problemas nos motores

Pilotos desligaram um dos motores depois de o outro entrar em inatividade. Número de mortos chega a 35, e oito pessoas continuam desaparecidas


Correio do Brasil, com DW - de Taipé

Um dos motores do avião da TransAsia entrou em inatividade e o segundo foi desligado pelos pilotos, que depois tentaram, sem sucesso, religá-lo, disse nesta sexta-feira o diretor do Conselho de Segurança da Aviação Civil de Taiwan, Thomas Wang.


Pilotos desligaram um dos motores depois de o outro entrar em inatividade. Número de mortos chega a 35, e oito pessoas continuam desaparecidas

Na quarta-feira, o avião modelo ATR 72-600 caiu num rio em Taipé, causando a morte de ao menos 35 pessoas. Quinze pessoas sobreviveram ao acidente aéreo. Equipes de resgate ainda tentam encontrar oito desaparecidos.

– Com base nos dados que temos até agora, podemos ver que, por um período de tempo, ambos os motores deixaram de funcionar – afirmou Wang, que investiga a causa do acidente.

Segundo ele, o motor da asa direita emitiu um sinal de alarme 37 segundos depois da decolagem. Mas os dados disponíveis mostram que o motor não se desligou nem pegou fogo, como o piloto comunicara à torre de controle. O motor, afirmou Wang, entrou num modo de inatividade conhecido como autofeather.

O segundo motor foi desligado, aparentemente por um dos pilotos, 46 segundos depois. Nesse momento, nenhum dos dois motores estava produzindo força motora. Uma tentativa de religar o segundo motor foi feita pelos pilotos, mas ela fracassou, e o avião caiu 72 segundos mais tarde.

Wang disse que é muito cedo para saber por que o primeiro motor parou de produzir energia. Também não está claro por que o segundo motor foi desligado, já que o avião é capaz de voar com apenas um motor. Especialistas falam em erro humano.

– O motor esquerdo foi desligado pelo comando, e o piloto tentou reiniciá-lo, mas não conseguiu – disse Wang.

O ATR 72-600 caiu num rio minutos depois da decolagem do aeroporto Songshan de Taipé, com 53 passageiros – incluindo 31 turistas chineses – e cinco tripulantes a bordo. O voo tinha como destino Kinmen, pequena ilha perto da China, mas controlada por Taiwan.

Entre os mortos está o piloto Liao Chien Tsung, de 41 anos, que é festejado como um herói em Taiwan por aparentemente ter feito de tudo para impedir a queda da aeronave numa área residencial.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul