Pular para o conteúdo principal

Torre de controle está em dois pacotes de obras

Jornal Cruzeiro do Sul

A instalação de uma torre de controle no aeroporto Bertram Luiz Leopolz, de Sorocaba, está prevista em dois pacotes de obras, sendo um anunciado pelo governo federal e outro pelo governo estadual. Uma possível confusão fez com que dois órgãos estejam com a previsão de construir o equipamento, porém, como o projeto do governo do Estado está mais avançado, com licitação marcada para o final deste mês, a obra deverá ficar com o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp). No final de julho deste ano, a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC) havia anunciado um pacote de obras que contemplaria aeroportos de diversas cidades do País, incluindo o de Sorocaba, que previa a torre de controle. Mas o projeto ainda está em fase de elaboração, sem previsão de quando a concorrência pública deverá ocorrer.

No dia 31 de julho, o ministro-chefe da SAC, Moreira Franco, anunciou, em coletiva de imprensa, as obras previstas no Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos (PIL), orçado em R$ 7,3 bilhões, e que pretende reformar e ampliar 270 aeroportos regionais. Em Sorocaba, as reformas previstas são: recuperação da pista de pouso, que tem 1.800m x 30m; reforma do terminal de passageiros, de 700 metros quadrados; recuperação do pátio de aeronaves, que tem capacidade para até quatro aviões do tipo Embraer ATR-72; ampliação e reforma da seção contra incêndio, de 195 m2; e a implantação de uma torre de controle. Todo esse projeto está em fase final de elaboração, segundo a Secretaria.

Porém, conforme edital publicado no Diário Oficial do Estado do dia 23 de outubro, o Daesp também possui um pacote de obras de melhorias para o aeroporto de Sorocaba. O órgão estadual pretende construir uma subestação principal, anexos operacionais e vias de acessos operacionais, dois grupos geradores, dois conjuntos de transformadores, reguladores de corrente contínua, infraestrutura elétrica e de emergência, além de melhorias no lay-out e paisagismo do aeroporto. No pacote, em que o governo estadual pretende gastar R$ 14,6 milhões do Tesouro do Estado, também está prevista a implantação da torre de controle. A concorrência pública está marcada para o dia 28 de outubro e o Daesp pretende iniciar as obras em dezembro e concluí-las em abril de 2016.

Confusão

Como os dois pacotes previam a instalação da torre de controle, o Cruzeiro do Sul questionou a Secretaria de Aviação Civil e o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, para saber se seriam implantadas então duas torres. O Daesp informou, primeiramente, que o governo federal havia retirado a torre de seus planos. A SAC, porém, relatou que o equipamento continuava dentro do projeto e que, talvez, o Daesp tivesse assumido a obra por conta de uma notificação recebida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para que instalasse a torre em Sorocaba em um determinado prazo.

Procurado, novamente, o Daesp não respondeu sobre essa possível notificação do Decea. O Decea também foi procurado e não retornou o contato. O órgão estadual, então, alegou que "diante da necessidade de se implantar a Torre de Controle no aeroporto de Sorocaba cujo projeto foi elaborado pelo Estado e encaminhado à SAC em julho de 2013 - decidiu fazer a obra com 100% de recursos do Estado. Isto porque o investimento anunciado para o aeroporto pelo Programa de Investimentos em Logística, do Governo Federal, não aconteceu até o momento."

O Daesp afirma que encaminhou um ofício à SAC no dia 30 de outubro informando que assumiria a instalação da torre. "A implantação da torre visa melhorar o controle do tráfego aéreo do aeroporto que é o principal voltado à aviação geral no interior do Estado e tem uma taxa de crescimento de 15% a 20% ao ano", ressalta, em nota da assessoria de imprensa.

A SAC foi questionada, via assessoria de imprensa, se continuaria com a pretensão de instalar a torre de controle no aeroporto de Sorocaba, mesmo que o governo do Estado já estivesse prevendo a obra em seu projeto. A assessoria de imprensa informou que se o Estado fizer a obra, a implantação da torre, automaticamente, sairá de seus planos.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul