Cerca de 15,3% das 3.000 rotas aéreas comerciais em operação no país sofreram alterações em seu traçado apenas neste ano.
São 460 rotas da TAM, Gol, Azul e Avianca, além de trajetos de quatro companhias estrangeiras.
A medida deve gerar a médio prazo uma economia anual de R$ 100 milhões aos cofres das empresas, segundo a Abear (associação que reúne 99% do setor aéreo).
"Com rotas mais curtas e otimizadas, o primeiro impacto será a queda no consumo do querosene, que hoje representa 40% do custo operacional das companhias", diz Eduardo Sanovicz, presidente da Abear.
Os ajustes nas aerovias foram feitos em uma parceria inédita com técnicos da FAB (Força Aérea Brasileira). No Processo de Decisão Colaborativo (CDMA, na sigla em inglês), as empresas traçam as mudanças.
"Pela primeira vez a pedido das companhias, atendemos a especificidade de cada uma para encurtar o tempo de voo e melhorar as operações", diz o coronel Ary Bertolino, da FAB.
Das 460 rotas, 142 foram alteradas neste mês, após seis meses de análise. Elas passarão a valer em 2015.
"A reação é em cadeia. O custo do bilhete também pode cair", afirma Sanovicz.