Daniel Rittner | Valor

O aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, foi autorizado pelo Comando da Aeronáutica a aumentar, de 44 para 52, o número de movimentos (pousos ou decolagens) por hora. Isso permitirá à Inframérica, concessionária que administra o aeroporto, receber novos voos de empresas aéreas e desafogar o terminal nos horários de pico, sobretudo entre 18h e 20h.

Com essa ampliação, o movimento no aeroporto deverá crescer em 8 mil passageiros por dia. O presidente da Inframérica, Alysson Paolinelli, afirma que 33 novos voos diários já estão previstos a partir desta semana. Segundo ele, são operações domésticas das quatro maiores companhias: TAM, Gol, Azul e Avianca.

A ampliação de capacidade foi atestada pelo Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea depois de uma análise das condições de operação das pistas, como visibilidade em situações meteorológicas adversas e tempo de ocupação dos pátios de aeronaves. O aeroporto tem duas pistas paralelas, com cerca de 3,2 quilômetros de extensão cada uma, que funcionam simultaneamente para pousos e decolagens.

Brasília tinha o quarto terminal mais movimentado do país em 2012, quando a Inframérica assumiu sua administração, e subiu para o segundo lugar neste ano. Em 2014, o número de passageiros deverá chegar à marca de 18 milhões - houve 10,4% de crescimento até setembro. "Estamos consolidando a nossa vocação de grande hub nacional."

Depois de ter concluído as obras exigidas no contrato de concessão até a Copa do Mundo, incluindo dois píeres para o embarque e desembarque de passageiros, a Inframérica se dedica agora a algumas intervenções que ficaram pendentes: o acabamento das novas áreas, a instalação de forro nos tetos e a abertura de lojas. Há trabalhos na parte mais antiga do terminal.

Paolinelli diz que a tendência da concessionária é antecipar as obras de um novo terminal, voltado às operações internacionais, para 2015. O projeto está quase pronto. Pelo contrato, ele só deveria ser construído quando a demanda para isso for atingida, o que era esperado para 2022.

Brasília tenta se firmar como a maior porta de entrada e saída do país, depois de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ). Neste ano, devem ser 630 mil passageiros internacionais. A meta é chegar a 1,2 milhão no fim da década. Sete companhias operam rotas para o exterior hoje no aeroporto. Paolinelli diz que as perspectivas são promissoras. A TAM pretende inaugurar voos para Orlando, além de reforçar as operações existentes para Miami, e a Gol passará a voar para Punta Cana uma vez por semana. A Air France aumentará de três para cinco o número de frequências semanais na rota Brasília-Paris.

O objetivo da concessionária é atrair um número maior de passageiros, fora da região Sudeste, que hoje se descola para São Paulo, ou Rio, para viajar ao exterior.


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