Pular para o conteúdo principal

Movimento no aeroporto de Palmas cresce cerca de 5 vezes em dez anos

Desenvolvimento da economia no estado provocou o crescimento.
Em 2003, 122 mil pessoas passaram pelo local, em 2013 foram 563 mil.


Do G1 TO

O movimento de passageiros no aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, em Palmas, cresceu aproximadamente 460% nos últimos dez anos. Em 2003, pouco mais de 122 mil pessoas embarcaram ou desembarcaram em voos que passaram pelo aeroporto da capital tocantinense. Já em 2013, mais de 563 mil pessoas utilizaram o terminal. De acordo com o economista especializado em logística e conselheiro do Conselho Regional de Economia (CORECON-TO), Vilmar Carneiro Wanderley, o aumento de movimentação no aeroporto reflete o crescimento econômico do estado.

O maior aumento foi registrado entre os anos de 2009 e 2010 (veja tabela abaixo). Neste período o número de passageiros aumentou em 30%. Este número pode ser reflexo do aumento no número de voos. Em 2009, 11603 aeronaves fizeram pousos e decolagens no aeroporto de Palmas. Em 2010, 17161 aeronaves passaram pelo local.

De acordo com o superintendente do aeroporto de Palmas, Afrânio Souza Mar, até 2009 apenas duas companhias aéreas operavam voos comerciais na capital. Em 2010, outras três passaram a operar voos na cidade.

Para o economista, diversos fatores contribuíram para o movimento no aeroporto. “O primeiro deles era a ausência de meio de conexão nessa região do país. Diversos profissionais que já estavam aqui precisavam do serviço, mas não o tinham. É o que chamamos de demanda reprimida”, explica Wanderley.

Para o economista, o crescimento da produção agrícola no estado foi outro fator que fez crescer o fluxo no aeroporto. Ele explica que o setor de pecuária era um dos mais fortes na economia do estado, mas a produção de grãos vem crescendo nos últimos anos. “Com este crescimento na produção você tem um fluxo maior de pessoas que vem plantar, vender máquinas e sementes, consertar máquinas. Enfim, fazer coisas ligados à agricultura”, explica.

Wanderley acredita que a construção do trecho da ferrovia Norte-Sul no Tocantins também pode ter aumentado o trânsito de pessoas no aeroporto da capital.

Os outros dois fatores apontados pelo especialista estão ligados ao comércio do Tocantins, como a chegada simultânea de grandes supermercados na capital há cerca de quatro anos. O comércio eletrônico movimentou também o setor de cargas aéreas. “O estado oferece um incentivo fiscal para que lojas virtuais se instalem aqui. A contrapartida é que as empresas tem que despachar as mercadorias a partir do Tocantins”, explica Wanderley.

Apesar do crescimento acelerado, o aeroporto ainda trabalha com metade da sua capacidade máxima de operação, conforme informou o superintendente do terminal. Segundo Afrânio, atualmente os funcionários das companhias aéreas e da Infraero utilizam doze horas por dia para operacionalizar todos os pousos e decolagens no local. A capacidade do terminal de passageiros também não foi comprometida. “A Infraero projetou o terminal para receber 2 milhões de passageiros por ano”, explica Afrânio. Nos últimos três anos, o público foi de mais de 500 mil pessoas.

O superintendente explica que algumas medidas foram tomadas para comportar o crescimento dos últimos anos. “Em 2012 nós aumentamos a capacidade da sala de embarque em 60% para conseguirmos operar duas partidas simultâneas. Ainda este ano nós vamos ampliar em mais 60%”, afirma o superintendente.

Afrânio também atribui o crescimento do fluxo de aeronaves a outro incentivo fiscal. “O governo do estado reduziu as alíquotas para o combustível [dos aviões] para viabilizar o aumento número de voos comerciais em Palmas”, explica.

AnoAeronavesPassageiros
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003 
19172
18266
17534
17161
11603
12104
10192
13320
10326
9887
9641
563488
579395
503408
389217
298484
259362
232885
228320
215333
170514
122346

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul