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Situação em aeroportos está dentro da média apesar de paralisação, diz Infraero

Do UOL, em São Paulo

A greve dos aeroportuários que teve início à 0h desta quarta-feira (31) não reflete em atrasos e cancelamentos acima da média nos 63 aeroportos que a Infraero administra, conforme a empresa. A companhia diz que a média de cancelamentos e atrasos é de 15%. Conforme relatório atualizado às 12h, de 1.106 voos domésticos previstos no país, 166 deles estavam atrasados, o que representa 15%. Outros 67 foram cancelados, representando 6,1% do total. O índice aumentou ao longo da manhã. Às 7h, por exemplo, a quantidade de voos cancelados representava 3,9%, e a de atrasados, 1,4%.

De acordo com a Infraero, só houve adesão à paralisação, também até as 10h, em aeroportos de seis cidades: São Paulo (Congonhas), Rio de Janeiro (Galeão - Antônio Carlos Jobim), Vitória (Eurico de Aguiar Salles), Recife (Guararapes - Gilberto Freyre), Fortaleza (Pinto Martins) e Salvador (Dep. Luís Eduardo Magalhães). A Infraero diferencia manifestações da adesão propriamente dita, que ocorre quando profissionais deixam de exercer suas funções.

A greve é organizada pelo Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina).

O Sina marcou para as 14h30 assembleias em todos os aeroportos administrados pela Infraero para definir o andamento da greve.

Os aeroportuários atuam em áreas como operação, segurança e navegação aérea, além de manutenção e carga aérea.


Plano de contingenciamento foi acionado

A assessoria de imprensa da Infraero informou que, apesar da grande adesão, um plano de contingenciamento foi montado para manter os serviços essenciais e a operacionalidade dos aeroportos. "Esse plano inclui o remanejamento de empregados, tanto do quadro administrativo quanto do de escala, de forma a reforçar as equipes nos horários de maior movimento de passageiros e aeronaves, envolvendo ainda os demais agentes que atuam nos aeroportos", informa a nota.

São Paulo

Conforme o presidente do Sina, Francisco Lemos, na capital paulista cerca de 80% da categoria aderiu à greve. Na cidade, existem aproximadamente 1,5 mil funcionários.

De acordo com Severino Macedo, diretor da entidade no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, de 270 profissionais escalados para trabalhar no local no turno da manhã desta quarta-feira, apenas 20 teriam se mantido nas funções, para evitar prejuízos aos usuários. "Não queremos atrasar passageiros, a nossa reivindicação é por salário. Não queremos a sociedade contra nós. Se quiséssemos isso, teríamos feito greve durante a Jornada Mundial da Juventude", diz Macedo. Desde o início da manhã, grevistas ocupam o saguão central do aeroporto com apitos e cartazes.

No fim da manhã, grevistas saíram do aeroporto de Congonhas em passeata pela avenida Washington Luiz.

Pernambuco


O Sina estima que em Pernambuco 90% dos cerca de 680 trabalhadores ligados à instituição tenham aderido ao movimento, mas garante que 30% vão trabalhar para garantir a legalidade da greve, decidida em assembleia no dia 17 de julho. Relatório das 11h da Infraero mostra que de 38 voos com partida ou chegada no aeroporto Guararapes - Gilberto Freyre, apenas um estava atrasado e outro foi cancelado.


Rio Grande do Norte

No Aeroporto Internacional Augusto Severo, na Grande Natal, segundo informações da representante do Sindicato dos Aeroportuários no Estado, Lenir Dantas, os serviços mais prejudicados são os de manutenção e os operacionais, pois apenas 30% do efetivo vai trabalhar no terminal.


Alagoas

A greve não afeta o funcionamento do aeroporto internacional Zumbi dos Palmares, na região metropolitana de Maceió. Segundo Adilson Pereira, superintendente do aeroporto, pelo menos 30 funcionários aderiram ao movimento grevista, mas não atrapalham as atividades da unidade.


Mesmo privatizado, aeroporto em Brasília tem protesto

Funcionários da Infraero na capital federal preparam um ato de apoio aos servidores em greve em outros estados, como São Paulo. Segundo Francisco Lemos, os servidores da empresa não devem aderir ao movimento, uma vez que a administração do Aeroporto Internacional Juscelino Kubstichek foi privatizada.

Desde o início da manhã eles se concentram no prédio da Infraero, próximo ao aeroporto. A avaliação dos sindicalistas é que cerca de 300 pessoas estariam no local. Já a Polícia Militar calcula o número de presentes em cerca de 120 manifestantes.

Lemos disse que, caso a empresa não atenda às reivindicações até o fim do dia, os servidores pretendem invadir o prédio da Infraero. A caminhada estava prevista para as 12h.

(Com Agência Brasil e portal NE10)



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