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Metalúrgicos da Embraer cruzam os braços por 24 horas

Valor, de São José dos Campos
 
Cerca de seis mil funcionários da produção da Embraer aderiram ontem à greve de 24 horas realizada na fábrica de São José dos Campos. O movimento, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos (SindMetal) local, paralisou 100% da produção. Em nota, a Embraer confirmou a paralisação parcial e informou que cerca de 35% dos trabalhadores do primeiro turno, que totalizam 700 empregados, teriam aderido à greve. Movimento similar também aconteceu na entrada do segundo turno, de acordo com a empresa.

 
A greve é a primeira realizada pelos metalúrgicos da Embraer nos últimos dez anos e foi motivada, segundo o sindicato, pela decisão da empresa de não fazer a negociação direta da campanha salarial com a entidade. O representante da Embraer nas negociações coletivas de trabalho é a Fiesp.

 
A paralisação parcial da fábrica, segundo a Embraer, não comprometeu o programa de produção, que considera o movimento um ato extemporâneo, uma vez que não se encontra em período de data-base. Além disso, de acordo com a nota, o sindicato não entregou as suas reivindicações à Fiesp.

 
A convenção coletiva vigente, segundo a Embraer, estabelece novembro como data-base e foi assinada em 2010, com validade de dois anos. O diretor do sindicato, Luís Carlos Prates, disse que na convenção do ano passado ficou acertado que a Embraer e o sindicato se reuniriam em abril para tratar do pedido de antecipação da data-base para setembro, mas isso não aconteceu.

 
"Em 2005, quando a Embraer passou a considerar outro sindicato como representante legal dos trabalhadores, ela aceitou que a data base fosse em setembro. Em 2008, quando o SindMetal retomou a representatividade da categoria, a data-base voltou a ser em novembro", explicou Prates.

 
A greve de 24 horas, segundo Prates, é de advertência, mas se a empresa continuar insistindo em não atender as reivindicações, a paralisação poderá se estender por 48 horas ou mesmo por tempo indeterminado. "Quase a totalidade das 800 empresas metalúrgicas da região já firmaram acordo e deram reajustes que variam de 10,5% e 11,5%, mais abono no valor de R$ 1,100 a R$ 3 mil", comentou.

 
A campanha salarial dos metalúrgicos este ano pede um reajuste de 17,45%, sendo 9,75% de aumento real. A pauta de reivindicações na Embraer inclui a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Atualmente, segundo o sindicato, a Embraer pratica 43 horas semanais. (VS)

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