Autorização do Conpresp pode sair hoje; área é considerada um entrave para a expansão de Congonhas
NATALY COSTA - O Estado de S.Paulo
Os últimos galpões da Vasp que impedem a expansão do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, podem ter a sua demolição autorizada hoje e liberar um espaço de 118 mil m² no segundo aeroporto mais movimentado do País. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) pediu permissão ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp), que deve votar hoje a demolição.
Toda alteração na estrutura de Congonhas precisa ser liberada pelo órgão de patrimônio porque o aeroporto é "congelado" para obras. Ele está em processo de tombamento há sete anos - o que também está na pauta para ser votado em definitivo na reunião do Conpresp que será realizada hoje.
A Vasp tem três aglomerados - tanto de hangares quanto de galpões e antigas sedes administrativas - dentro de Congonhas que, juntos, representam 7% da área total do aeroporto da capital paulista.
Pedidos anteriores. No começo deste ano, a Infraero protocolou dois pedidos no Conpresp para pedir a demolição das duas primeiras áreas da Vasp em Congonhas. O órgão liberou, mas ainda nada foi feito até agora por causa da espera desta última autorização.
Os galpões da Vasp são considerados um entrave ao crescimento do aeroporto porque, além de estarem completamente abandonados, ficam no meio de uma das poucas áreas do aeroporto que ainda podem ser expandidas: as de pátio e de estacionamento de aeronaves.
É justamente para isso que a Infraero quer de volta o espaço: para "melhorias na operacionalidade do aeroporto".
Sucata. Outro problema parcialmente resolvido é a extinção do cemitério de aviões de Congonhas - as nove sucatas de Boeings da Vasp que ocupam uma área de três campos de futebol no aeroporto. Até agora, quatro aeronaves foram demolidas. As outras estão aguardando laudo de deterioração da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).