Por Alberto Komatsu | Valor
De São Paulo

 
O cenário composto pela alta do preço do barril de petróleo e pelo agravamento da crise europeia levou a Iberia a descontinuar a rota Madri-Fortaleza-Recife, com três voos por semana, a partir de 2 de novembro. É a segunda vez em pouco mais de um mês que uma companhia aérea estrangeira desativa rotas no país. No início de agosto, a israelense El Al anunciou o fim de sua operação no espaço aéreo brasileiro pelos mesmos motivos da Iberia.

 
"Lamentavelmente estamos desativando essa rota, por causa da alta do preço do petróleo e do agravamento da crise europeia", afirmou o diretor comercial da Iberia no Brasil, Andrés Lorenzetti. De acordo com ele, a taxa média de ocupação dos voos ao Nordeste se situa entre 75% e 80%, mas o melhor aproveitamento está sendo registrado na classe econômica.

 
Com o fim dos voos diretos ao Nordeste, a Iberia vai reduzir sua operação no Brasil das atuais 23 para 20 frequências por semana, mantendo os voos entre a capital espanhola, São Paulo e Rio de Janeiro. Por meio de comunicado, a Iberia informa que os custos com combustível aumentaram cerca de 40% desde o fim do ano passado. Em média, o querosene de aviação responde por cerca de 35% dos gastos de uma companhia aérea.

 
Em janeiro, a Iberia anunciou a fusão com a British Airways, criando a International Airlines Group (IAG), um dos três maiores grupos aéreos europeus.


Em recente entrevista, o CEO da IAG, Willie Walsh, disse que os gastos com combustível da IAG deverão se situar em € 5,2 bilhões em 2011, diante dos € 3,9 bilhões do ano passado.

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