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Senadores divergem sobre privatização de aeroportos

Para senadora, o ideal na concessão seria o governo oferecer um pacote, de forma que, quem ficasse com Guarulhos, levasse junto cinco aeroportos que não sejam superavitários

Jornal do Senado

A Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse ontem que considera muito normal a proposta anunciada pelo governo de promover a concessão dos aeroportos brasileiros à iniciativa privada. No entanto, ela manifestou preocupação quanto aos aeroportos que são deficitários e não devem ter o interesse do setor privado.

Segundo o anúncio do governo, em no máximo 15 dias serão colocados para concessão por 20 anos os aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e o de Brasília. Num segundo momento, será a vez dos aeroportos de Confins, em Minas Gerais, e do Galeão, no Rio de Janeiro. A concessão poderá ser feita de acordo com três modelos: 100% com a iniciativa privada, parceria público-privada e sistema de troca.

Vanessa Grazziotin disse que para Guarulhos, o principal aeroporto brasileiro, está sendo proposto o modelo de concessão para operação 100% privada. Assinalou que, somente em movimentação de cargas, esse terminal corresponde a mais de 31% da movimentação em todo o país. Ela perguntou como ficarão os inúmeros aeroportos que são deficitários.

— Vou apresentar um requerimento de informações à Presidência da República para que responda essas questões. O que me preocupa é como ficará a manutenção dos demais aeroportos. O aeroporto Eduardo Gomes [em Manaus] é o terceiro em arrecadação e vive com dificuldades. Não seria o caso de conceder um pacote? Guarulhos junto com cinco outros aeroportos que não são superavitários? — questionou.

Em aparte, Acir Gurgacz (PDT-RO) disse que todos os sistemas de transportes no Brasil já são operados pela iniciativa privada e, se o governo mantiver as concessões para os aeroportos, o problema será resolvido a um custo menor do que é praticado atualmente.

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