Pular para o conteúdo principal

Nevascas cancelam 2 mil voos nos EUA

Seis Estados da Costa Leste estão em alerta; principais aeroportos da região de NY foram fechados, provocando caos no sistema aéreo

Gustavo Chacra - O Estado de S.Paulo

 
Fortes nevascas na Costa Leste dos Estados Unidos causaram o cancelamento de mais de 2 mil voos e provocaram o caos nos transportes aéreo, ferroviário e rodoviário. Na região, estão algumas das cidades mais importantes do país, como Nova York, Washington e Boston. Milhares de americanos foram impedidos de retornar para suas casas depois do Natal. Turistas do mundo inteiro também tiveram suas férias adiadas.

 
Os aeroportos de Nova York e de outras cidades foram fechados no domingo e não havia previsão de reabertura. O número de trens em circulação foi reduzido, com alguns trechos das ferrovias totalmente interrompidos.

 
Autoridades pediam às pessoas que deixassem suas casas apenas em caso de extrema necessidade. Eventos esportivos foram suspensos. Seis Estados (Carolina do Norte, Virginia, Maryland, New Jersey, Maine e Massachusetts) decretaram estado de emergência.

 
Cerca de 2.400 funcionários da área sanitária de Nova York foram convocados emergencialmente para ajudar na desobstrução dos 9.650 km de ruas da cidade que amanheceram brancas. Em alguns pontos, havia mais de 60 cm de neve.

 
Os ventos chegaram a quase 100km/h. Pelo menos 400 ônibus não conseguiam se mover.

 
Metrôs também chegaram a ser paralisados durante a madrugada. Um trem do metrô de Nova York ficou retido numa linha congelada por sete horas antes de ser resgatado.

 
O serviço ferroviário Amtrak entre Nova York e Boston foi suspenso na noite de domingo, mas foi retomado com um horário reduzido na manhã de ontem. Moradores tentavam retirar com pás a neve que praticamente havia soterrado os carros.

 
Crianças aproveitavam para andar de trenó em locais como o Central Park, apesar da temperatura de -5 graus.

 
No sul dos EUA, os Estados da Geórgia e da Carolina do Sul tiveram neve durante o Natal pela primeira vez em cem anos. A capital, Washington DC, escapou da nevasca mais forte. 


Crise aérea. A situação mais grave era nos aeroportos. Em Nova York, os aeroportos John F. Kennedy, La Guardia e Newark Liberty não tinham previsão de reabertura. Sem acesso às bagagens, muito passaram a noite sem roupas extras e itens de higiene. Muitos receberam cobertores e colchonetes.
 
Aviões de algumas companhias aéreas que partiriam do Brasil na noite de domingo, como a Delta e a American Airlines, decidiram cancelar seus voos antes de eles decolarem do aeroporto de Cumbica, em São Paulo. A TAM optou por seguir adiante com a viagem. No embarque, a reportagem do Estado perguntou ao comandante se não haveria problemas para pousar em Nova York. Ele disse que não. O avião chegou a tentar se aproximar de Nova York, apesar do fechamento do aeroporto. No fim, precisou desviar e pousar em Miami, onde as condições climáticas eram perfeitas.

 
Os mais de 400 passageiros foram transferidos para um hotel e a previsão era a de que o avião partisse para Nova York às 8 horas locais da manhã de hoje. Ainda assim, a companhia dizia que tudo dependeria das condições do tempo em Nova York.

 
A maior parte dos passageiros, que se havia programado para passar o ano-novo nos Estados Unidos, reclamava da decisão da TAM de decolar. "Podiam ter avisado em São Paulo e não nos fazer perder esse tempo em Miami", dizia uma mãe com dois filhos. Na manhã de ontem, a TAM cancelou os voos para Nova York.

 
A situação pode se normalizar hoje, com previsão de sol em Nova York. Um dos problemas das companhias aéreas será conseguir acomodar dezenas de milhares de passageiros que tentam viajar nesta época, que é uma das mais movimentadas do ano.

 
Caos em Nova York
 

60 cm de neve havia em alguns pontos de Nova York

100km/h chegaram os ventos na cidade
 

-5°C era a temperatura
 

2.400 funcionários foram chamados a desobstruir 9.650 km de ruas
 

400 ônibus não conseguiram se mover
 

1 trem ficou retido por 7 horas

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul