Ricardo Rego Monteiro e Mahomed Saigg - Brasil Econômico
Ontem, o governador participou da reunião promovida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), no Rio, para discutir os investimentos para os Jogos Olímpicos de 2016. Depois do encontro, além de classificar o aeroporto como a principal “pedra no sapato” para o sucesso do evento, lembrou que o terminal não atende a demanda projetada. “O aeroporto está muito longe do ideal para a dimensão que o Rio está reconquistando e a que terá nos próximos anos, com o calendário de eventos e como número de hotéis que estão vindo com os investimentos e negócios”, disse. Com as críticas feitas recentemente pela Fifa à demora nos investimentos, a proposta tende a ganhar força. Ao todo, são previstos investimentos de R$ 5,5 bilhões nos terminais das 12 sedes da Copa. Do total, R$ 687,4 milhões vão para o Galeão.
Em entrevista ao BRASIL ECONÔMICO, o governador defendeu a privatização do aeroporto como positiva até para a própria Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Ao concedê-lo à iniciativa privada, justificou, o governo federal poderia se beneficiar de parte das receitas arrecadadas pelo aeroporto. Ao citar exemplos de terminais aeroportuários dos EUA, França, China e Japão, Cabral lembrou que são operados como um grande centro comercial e de prestação de serviços.
Para ele, há disponibilidade de capitais para exploração comercial não só do Galeão, mas de outras unidades, como a de Guarulhos, em São Paulo.
O setor aeroportuário do Brasil todo vem sentindo as consequências da falta de investimentos.
Ontem, dos 1.966 voos domésticos programados, 16,1% sofreram atrasos de mais de 30 minutos e 7,5% foram cancelados, segundo a Infraero.