Companhia espera faturar R$ 2,2 bi
Wagner Gomes - O Globo
SÃO PAULO. A Trip projeta forte expansão do número de passageiros e de receita nos próximos anos. A empresa, que deve transportar mais de 3,5 milhões de pessoas este ano, espera atingir um patamar de 12,4 milhões de passageiros até 2014. No mesmo período, o faturamento deve pular de R$ 758,5 milhões este ano para R$ 2,22 bilhões. Para efeito de comparação, a receita em 2009 foi de R$ 450 milhões.
— Vamos continuar investindo em voos com baixa e média densidade de tráfego. Rotas longas não estão no nosso DNA — afirmou o diretor de Marketing da Trip, Evaristo Mascarenhas.
O objetivo a curto prazo é chegar a 84 destinos até o fim deste ano e a 93 em 2011. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a demanda de passageiros da empresa cresceu 78% em agosto deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. A TAM, líder do mercado nacional, cresceu 30,4% e a Gol, 27,8%.
Para dar conta dessa expansão, a companhia vai investir US$ 30 milhões para implantar um
novo sistema de reservas, que começa a funcionar em 21 de maio de 2011. Com 12 anos de atividade no Brasil, a Trip é controlada pelos grupos Capriolli e Águia Branca. Um dos seus investidores, a Skywest Inc., maior empresa de transporte aéreo regional do mundo, com 696 aeronaves, tem 20% de participação na Trip.
A Trip atende atualmente 79 cidades brasileiras. Em novembro deste ano, a companhia aérea passará a operar em Florianópolis e Chapecó, em Santa Catarina, e em Varginha, no estado de Minas Gerais. Mascarenhas disse que a falta de infraestrutura aeroportuária em algumas cidades impede a expansão mais rápida das operações da companhia aérea.
Segundo ele, a Trip só não opera, por exemplo, em Paracatu e Manhuaçu, onde há exploração de ouro e outros minérios, no interior de Minas Gerais, por falta de infraestrutura nos aeroportos.
Mascarenhas explicou que em alguns casos falta máquinas de raios X para a inspeção de bagagens e até brigada de incêndio.
— O programa de recuperação de aeroportos do governo não pode ser concentrar só na pista de pouso, com especificações sobre largura e cumprimento de cada uma — disse.