Pular para o conteúdo principal

DESASTRE AÉREO NOS EUA

Ex-senador morre e ex-chefe da Nasa sobrevive


Correio Braziliense

Entre 2001 e 2005, Sean O’Keefe, 54 anos, comandou a Nasa — agência espacial dos Estados Unidos. Nos últimos anos, tem atuado como diretor para a América do Norte da fabricante de aeronaves europeia EADS. Ted Stevens, 86, ocupou o cargo de senador dos EUA entre 1968 e 2009. Sean e Ted haviam escolhido o sudoeste do estado norte-americano Alasca para curtir um de seus principais passatempos: os republicanos amavam a pescaria. Pretendiam chegar a Agulowak Lodge, na região montanhosa conhecida como Dillingham, entre os lagos Nerka e Aleknagik.

Às 20h de segunda-feira (15h em Brasília), o avião monomotor De Havilland DHC-3T caiu a 520km de Anchorage, capital do Alasca, em uma área marcada por densas florestas de pinheiros e cachoeiras. Dos nove passageiros, cinco morreram, incluindo Stevens. O’Keefe e o filho Kevin conseguiram sobreviver.

“Acho que Sean sofreu uma fratura na pélvis, além de muitos arranhões e queimaduras. Kevin quebrou uma perna e sofreu cortes e algumas queimaduras”, afirmou à agência France-Presse um familiar, sob a condição de anonimato. Ralph D. Crosby Jr., diretor da EADS, divulgou um comunicado no qual expressa ter recebido a notícia sobre o colega com “alívio e gratidão”. “Nós estendemos nossas mais profundas simpatias às famílias daqueles menos afortunados nesse terrível acidente”, declarou.

De acordo com o jornal local Anchorage Daily News, cinco socorristas conseguiram chegar à região do desastre durante a madrugada. Um helicóptero só pousou no local durante a manhã de ontem.

“Há menos de 400m de visibilidade e um teto de voo inferior a 30m entre as nuvens e o chão”, afirmou ao jornal Kalei Brooks, porta-voz da Guarda Nacional do Alasca.

A morte de Stevens deixou o Alasca em luto. Em 1978, ele havia sobrevivido a um acidente aéreo que custou a vida de sua mulher, Ann, no Aeroporto Internacional de Anchorage. Durante as quatro décadas no Senado, o ex-político usou o poder em benefício do estado — entre 1995 e 2008, conseguiu assegurar US$ 3,4 bilhões em fundos federais para projetos no setor petrolífero. O’Keefe, por sua vez, administrou a Nasa de forma relativamente calma até fevereiro de 2003, quando o ônibus espacial Columbia despedaçou-se ao reentrar na atmosfera, matando os sete astronautas a bordo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul