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TAM vai ampliar em 10% voos em Congonhas com linhas da Pantanal

Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor

A TAM prepara uma reestruturação na operação da Pantanal, a partir de 1º de agosto, que deve resultar num aumento dos voos operados por ela no Aeroporto de Congonhas em cerca de 10%.

Segundo o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio, a companhia vai operar 66 frequências semanais da Pantanal, com tripulação e aviões de grande porte da TAM, mas manterá nesses voos o código P8 da empresa regional, adquirida em dezembro de 2009 por R$ 13 milhões.

"Essa mudança confirma que a TAM comprou a Pantanal por causa dos slots [horários de pouso e decolagem] de Congonhas", afirma Sampaio. O consultor se referiu à negociação da TAM com a Pantanal, que além de 100% das ações da empresa regional, lhe deu o direito de uso de 196 slots da Pantanal em Congonhas. Desse total de horários, 61 entraram num leilão de slots de Congonhas realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em março.

O aumento da operação da TAM em Congonhas será possível por meio de um contrato de aluguel de avião e tripulação ("wet lease", no jargão do setor) com a Pantanal. Como a TAM quer operar nas rotas da Pantanal com aviões da Airbus modelo A319, para 144 passageiros, e A320, com 174 assentos, ela vai mais do que dobrar a oferta nas linhas da Pantanal, que opera em Congonhas com cinco turboélices ATR 42, de 45 lugares.

O contrato de "wet lease" com a Pantanal está sendo analisado pela Anac, que confirmou o pedido da TAM para 1º de agosto. A TAM, por sua vez, informou que prefere "não se pronunciar sobre o assunto no momento".

Pelos planos da TAM, os voos da Pantanal que são operados atualmente em Congonhas com turboélices serão transferidos para o Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica). São frequências para cidades como Maringá, Presidente Prudente, Bauru, Araçatuba e Juiz de Fora. Com a mudança, a Pantanal passará a ter 84 voos semanais a partir de Guarulhos.

"Como esses voos já são operados pela Trip e Passaredo, seria mais racional essas empresas regionais assumirem as rotas e turboélices, que já são velhos, com acordos de compartilhamento de assentos, por exemplo. A tendência é a de a marca Pantanal sumir do mercado", afirma Sampaio. Em recente entrevista, o presidente da TAM, Líbano Barroso, disse que o nome Pantanal seria preservado.

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