Pular para o conteúdo principal

SP pede autorização para 3º aeroporto

Governador Alberto Goldman solicitou à União permissão para construir terminal na região metropolitana


Projeto é o mesmo que foi elaborado por empreiteiras na região de Caieiras e é orçado em R$ 2 bilhões


TATIANA SANTIAGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DE SP

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), disse ontem que encaminhou um pedido para autorização da construção de um terceiro aeroporto na região metropolitana da capital.

O documento foi enviado ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e à Infraero (estatal que administra os aeroportos brasileiros).

A declaração foi dada durante a assinatura para a implantação de um Poupatempo da Cidade Ademar, zona sul de São Paulo.

Segundo a Folha apurou, o projeto é o mesmo que foi elaborado pelas empreiteiras Camargo Corrêa e a Odebrecht, na região de Caieiras (Grande São Paulo).

Com a concessão do terceiro aeroporto em mãos, medida que cabe à União, o governo paulista poderia ele mesmo fazer nova concessão, para as próprias empresas.

Orçado em R$ 2 bilhões, aproximadamente, o projeto das empreiteiras contempla ao menos uma pista de 3.500 metros, alinhada no mesmo eixo que Cumbica (em Guarulhos), o que evitaria interferências no tráfego aéreo.

A capacidade foi estimada para entre 22 milhões e 25 milhões de passageiros ao ano. Como acesso, o novo terminal utilizaria linhas de trem que passam próximo ao terreno escolhido.

CAPACIDADE

"Os aeroportos de Congonhas e Guarulhos estão congestionados. A situação é caótica e, nos próximos anos, vai se agravar muito. Já falei com o ministro [Nelson Jobim, Defesa] há tempo. Agora estamos formalizando um pedido de autorização, já que o governo federal, por uma razão ou por outra, não faz isso", disse o governador.

Goldman citou que o Estado de São Paulo terá competência para a execução da obra, da mesma forma que é responsável pela infraestrutura de estradas.

LOCALIZAÇÃO

Segundo ele, pode ser feita uma PPP (parceria público-privada) para a construção.

O governador evitou citar a área de localização do projeto e alegou que é para evitar especulação imobiliária.

"Se tivermos essa autorização, vamos declarar como uma área de utilidade pública para preservar ocupação do local", afirmou.

FINANCIAMENTO

Para tornar o terceiro aeroporto viável, o grupo que elaborou os estudos propõe que a União, como incentivo ao investimento, permita que as empresas retenham ao menos parte do ATA (Adicional de Tarifa Aeroportuária) recolhido no terminal.

Essa taxa, criada em 1989, incide no valor de 50% sobre as tarifas aeroportuárias e ainda sobre as recolhidas pelo uso de sistemas de auxílio à navegação.

O ATA foi destinado a investimentos nos terminais.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul