Pular para o conteúdo principal

Após novas regras, mais voos atrasados

Cancelamentos também crescem na semana em que maior rigor na assistência ao passageiro começou a valer

Alberto Komatsu, de São Paulo - Valor

Na semana em que as novas regras de assistência aos passageiros de companhias aéreas quando há atraso e cancelamento de voos começaram a valer, de 13 a 19 de junho, aumentou a ocorrência desses casos nos quatro principais aeroportos do país, em relação à semana anterior. Isso é o que mostra um levantamento da Infraero, feito a pedido do Valor.

As regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) prevêem reembolso integral do preço da passagem em atrasos superiores a quatro horas ou após cancelamentos, entre outras medidas. Na semana passada a Anac enviou ofícios a uma companhia aérea nacional e nove estrangeiras, comunicando a falta de adequação às novas exigências, como informação ao passageiro no aeroporto.

Segundo a Infraero, em alguns casos, aumentou em quatro vezes o número de voos com atraso superior a uma hora e praticamente dobrou o número de cancelamentos. Foi o que aconteceu, respectivamente, com a TAM, no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, e com a Gol, em Congonhas, em São Paulo.

No caso da TAM, ela teve sete voos com atraso acima de uma hora no Galeão, ou 1,74% de 402 voos programados antes das novas regras entrarem em vigor, por meio da Resolução 141, entre 6 e 12 de junho. Na semana seguinte, porém, os atrasos da TAM no Galeão saltaram para 30, o que corresponde a 7,44% de 403 voos previstos.

"A TAM informa que o nível de pontualidade de seus voos permanece alto, exceto em casos nos quais as más condições metereológicas afetam a operação de todas as companhias, como verificado nos últimos dias nos aeroportos do Rio, São Paulo e Curitiba".

No exemplo da Gol, ela teve 20 voos cancelados entre 6 e 12 de junho em Congonhas, o que representa 2,67% de 750 voos programados. Entre 13 e 19 de junho, foram 39 cancelamentos, ou 5,2% de 750 voos previstos para o período.

"A Gol vem trabalhando com a Anac na implementação da resolução e está desenvolvendo uma nova cultura que contemple as mudanças nos procedimentos, e está empenhada em todas as frentes para prestar o melhor atendimento", informou a Gol.

A WebJet atrasou três voos em mais de uma hora em Guarulhos de 6 a 12 de junho, 1,95% de 154 voos. Na semana seguinte, os atrasos mais que quintuplicaram para 16, ou 10,67% do total. "A Webjet informa que vem cumprindo todas as determinações estabelecidas pela Resolução 141". A empresa informou que condições metereológicas afetaram seus voos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul