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Anac veta pistas irregulares e deixa índios sem médicos

Jean-Philip Struck - Folha de SP
de São Paulo

Cerca de 5.000 índios da terra indígena Ianomâmi (RR e AM) estão com o atendimento médico prejudicado desde 12 de junho, quando aviões que prestavam serviços de saúde foram proibidos pela Anac de utilizar 34 pistas consideradas irregulares.

Segundo a Funasa, a suspensão dos voos afeta o atendimento de casos graves, que exigem internação em hospitais. As remoções têm sido feitas por helicópteros, mais lentos e caros que os aviões.

As aeronaves também transportavam agentes e médicos da Funasa, que ficavam cerca de 20 dias nas aldeias até serem substituídos por uma outra equipe. Agora eles não têm permanecido na reserva, e o atendimento é feito por equipes de índios.

Segundo a Funasa, a suspensão dos voos ocorreu após a empresa de táxi aéreo que prestava serviços à fundação ter recebido duas multas da Anac e ser ameaçada de perder o registro por usar pistas não homologadas.

Davi Kopenawa Yanomami diz que a suspensão pegou os índios de surpresa, que protestaram em Boa Vista: "Estamos preocupados, mas também com raiva".

Ao todo, 34 das 105 pistas da terra indígena não estão recebendo voos. Na terra indígena vivem cerca de 16 mil índios. A Funasa diz ter pedido a homologação das pistas.

A Anac diz que empresas que prestam serviço médico podem operar em pistas não regulamentadas se pedirem autorização, o que não foi feito, e que a homologação das pistas depende do Conselho de Defesa Nacional pois estão em uma área de fronteira.

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