Pular para o conteúdo principal

Trip se prepara para abrir capital e lucra R$ 28,5 milhões em 2009

Valor
 
A Trip Linhas Aéreas se tornará uma S.A. e terá registro de companhia de capital aberto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) até o fim deste ano. Após essa etapa, planeja fazer uma oferta inicial de ações na bolsa no prazo de dois anos.

A informação é do presidente da maior empresa aérea regional brasileira, José Mário Caprioli. O executivo divulgou ontem que a Trip teve lucro líquido de R$ 28,5 milhões em 2009, revertendo prejuízo de R$ 7,1 milhões em 2008.

"Não vou fazer isso a qualquer custo. O IPO virá em algum momento muito mais como consequência", afirma Caprioli. O executivo destaca que a Trip, por ter o capital fechado, nem precisaria divulgar seu balanço. No entanto, a empresa prefere informar seus resultados, também, como uma espécie de preparação para abrir seu capital.

No ano passado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Trip foi de R$ 59,3 milhões, com margem de 13,65%. "Estou satisfeito. Pelo segundo ano consecutivo, a Trip obteve a melhor margem de rentabilidade da indústria", diz Caprioli.

O faturamento da empresa ficou em R$ 450 milhões, uma expansão de 43% sobre 2008. Para 2010, Caprioli estima faturar R$ 750 milhões, um crescimento de mais de 60%.

A frota da companhia, atualmente em 28 aviões, vai fechar 2010 com 40 aviões, entre jatos e turboélices. O investimento será o equivalente a US$ 200 milhões em valores de tabela, mesma quantia aplicada no ano passado.

A Trip passou a operar no ano passado com o jato Embraer 175, para 86 passageiros.

Atualmente são cinco unidades. Até o fim do ano serão nove. Como a empresa só operava turboélices, Caprioli conta que teve de arcar com custos adicionais para poder incorporar o 175 na frota.
 
O executivo admite que os resultados financeiros poderiam ter sido melhores se não tivesse optado pelo avião da Embraer. No entanto, já no início deste ano o executivo diz que esses gastos adicionais estão sendo diluídos.

A Trip é hoje a empresa aérea brasileira que atende o maior número de cidades no país, ou 70 municípios. Em março, ela respondeu por 2,1% do fluxo de passageiros transportados no mercado doméstico, o que lhe deu a sexta posição no ranking nacional, muito próxima da OceanAir (que mudou o nome para Avianca Brasil), com 2,4% de participação.

(A.K.)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul