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Começa a terceira fase de buscas pelas caixas-pretas do voo AF 447

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Começou a terceira e provavelmente última fase das buscas pelas caixas-pretas do voo da Air France 447. O avião, que saiu do Rio de Janeiro rumo a Paris, caiu no oceano Atlântico em 1º de junho, provocando a morte das 228 pessoas a bordo.

Dois navios -- Anne Candies (dos Estados Unidos) e Seabed Worker (da Noruega) -- deixaram Recife nesta segunda-feira (29) e partiram para alto mar em busca das caixas-pretas, informou Martine Del Bono, porta-voz da Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA, na sigla em francês).

Os dois navios contam com três robôs submersíveis teleguiados remotamente com localizadores sonares. A área dessa próxima fase de buscas é cinco vezes menor do que a das duas vezes anteriores. Acredita-se que isso ajudará a localizar os gravadores de voz e de dados das cabines, também conhecidos como caixas-pretas. O fundo do oceano nessa parte, de relevo bastante acidentado, se encontra a cerca de 4 mil metros da superfície. Por isso, caso os sonares submarinos encontrem as caixas-pretas, dois robôs descerão para recuperá-las. A operação deve durar 30 dias.
 
O custo dessa última etapa de busca, que conta com a participação de especialistas brasileiros, americanos, russos e franceses, chega US$ 25,3 milhões. As despesas serão divididas pela Airbus (fabricante do avião que caiu) e a companhia Air France.

As causas do acidente com o voo 447 ainda são desconhecidas. O último relatório técnico, divulgado no dia 17 de dezembro, indicou falhas nas chamadas sondas pitot, que medem a velocidade das aeronaves em voo, mas descartou que o problema tenha sido a causa do acidente.

De acordo com o investigador-chefe da operação, Alain Bouillard, até hoje não há registro de que a caixa-preta de um avião tenha sido encontrada tanto tempo depois do acidente. Caso o equipamento seja achado, será um episódio único. Nesse caso, o artefato será imediatamente enviado para a França.

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