Alberto Komatsu, de São Paulo
Valor
Enquanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Pantanal Linhas Aéreas duelam na Justiça por vagas de pouso e decolagem (slots) no aeroporto de Congonhas, empresas de menor porte que planejam estrear no terminal mais rentável do país já traçam planos.
O último desdobramento do duelo judicial se deu na sexta-feira. A agência anunciou a redistribuição de 412 slots em Congonhas, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter suspendido, no dia 9, liminar da Pantanal que impedia a Anac de distribuir 61 slots da companhia. Esse recurso foi obtido em agosto, após a Anac anunciar a mesma redistribuição que foi divulgada na sexta-feira. A Pantanal recorreu outra vez e aguarda decisão do STJ.
A AirMinas, apta a participar da disputa por novos slots em Congonhas, planeja investir US$ 40 milhões em 2010 e contratar 160 funcionários para quase dobrar a operação em São Paulo. A empresa aérea regional de Minas Gerais planeja transferir quatro voos diários do Aeroporto de Cumbica para Congonhas, caso obtenha as vagas.
A Total, que transporta cargas, também está habilitada a participar da concorrência em Congonhas. A WebJet já enviou documentos, que estão sendo analisados pela Anac. Em recente entrevista, o presidente da WebJet, Wagner Ferreira, afirmou que só operaria em Congonhas com uma quantidade de vagas que justifique economicamente a operação. A Azul tem avaliação parecida. "É muito pouco provável que a gente participe. Dois pares de slots não pagam o custo operacional em Congonhas, mas a decisão final ainda não foi tomada", diz o diretor de Relações Institucionais da Azul, Adalberto Febeliano.