Alberto Komatsu
A insatisfação do governo com a demissão de 4,2 mil trabalhadores da Embraer não deverá prejudicar o financiamento que a Azul Linhas Aéreas está negociando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a aquisição de quatro jatos da fabricante brasileira.
A avaliação é do diretor de Relações Institucionais da companhia, Adalberto Febeliano. "Isso não faz nenhum sentido. Não é à base de represálias que vai se resolver essa questão. Todos os fabricantes de aeronaves estão sentindo a crise, com adiamento de entregas e cancelamentos", disse Febeliano. O executivo não estimou a quantia pleiteada e diz que o agente financeiro de dois dos aviões deverá ser o Banco do Brasil. Seria uma forma de diluir o risco da operação liderada pelo BNDES, disse.
Além das quatro aeronaves que deverão ser financiadas pelo BNDES, Febeliano conta que a Azul negocia um financiamento externo para uma quinta aeronave. Uma fonte do setor afirma que se trata de um banco alemão. Segundo essa pessoa, o fato de a Azul estar procurando uma fonte de financiamento externo para financiar uma aeronave, em vez de optar pelo BNDES, é uma estratégia para a empresa não ter alta dependência de apenas uma fonte de financiamento.
Febeliano afirma que a frota da Azul em 2009 poderá ser menor do que a inicialmente planejada: 14 aeronaves, em vez de 16.