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Embraer demite mais de 4 mil no Brasil, mas contratará 570 em Portugal

Évora, 20 Fev (Lusa) - O presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, mostrou-se hoje confiante na concretização na cidade do investimento da empresa brasileira de aeronáutica Embraer, considerando que “não há razões para alarme”.

“Os sinais que temos são de grande entusiasmo e interesse no projecto, que continua a seguir os seus trâmites normais, aproximando-se cada vez mais da concretização”, garantiu hoje o autarca, em declarações à agência Lusa.

José Ernesto Oliveira reagia ao anúncio de despedimentos na Embraer, que, em comunicado divulgado quinta-feira, revelou a intenção de reduzir em 20 por cento os seus efectivos, mais de 4.000 trabalhadores, devido “à crise sem precedentes que afecta a economia mundial”.

Manifestando-se optimista no avanço do projecto de construção de duas fábricas em Évora, o presidente do município alentejano recordou que o vice-presidente da Embraer e presidente do grupo na Europa, Luiz Fuchs, esteve “esta semana” em Évora.

Contudo, o autarca considerou que “a crise internacional que se vive não pode deixar ninguém descansado, isso seria perfeitamente irresponsável”.

“Este anúncio (de despedimentos) refere-se mais àquela que é a fase difícil que o mercado atravessa, também nesta área, mas mais dirigido para o sector produtivo”, disse.

José Ernesto Oliveira reiterou que o projecto de Évora é considerado pela Embraer como um “investimento estratégico, que visa aumentar a competitividade da empresa”.

“Quando a Embraer de Évora estiver a produzir, espero bem que os efeitos da crise já tenham sido atenuados, aliás, é essa a expectativa da empresa, por isso, não há razões para alarme”, afirmou.

Os investimentos da Embraer em Portugal foram anunciados durante a última cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), na presença do Presidente do Brasil, Lula da Silva, e do primeiro-ministro, José Sócrates.

As fábricas da empresa brasileira em Évora, uma de estruturas metálicas para a produção de aeronaves e outra para materiais compósitos, mais leves e mais resistentes, vão ocupar 30 hectares do futuro parque industrial aeronáutico da cidade, devendo as obras arrancar até ao Verão deste ano.

Os contratos de investimento, aprovados pelo Governo Português em Setembro de 2008, estão avaliados em 170 milhões de euros e projectam a criação de 570 postos de trabalho.

A Embraer é a segunda maior empresa exportadora do Brasil e, no seu sector de produção, já construiu mais de quatro mil aviões, que operam em cerca de 70 países dos cinco continentes.

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