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Novo aeroporto em Brasília

Os estudos de viabilidade, que deverão ser concluídos em seis meses, definem um terminal exclusivo para escoamento de cargas. O local escolhido é Planaltina



Da Redação

Planaltina, região administrativa do Distrito Federal, pode ganhar um aeroporto internacional e a área, onde ele possivelmente será construído, tem um nome sugestivo: Santos Dumont. A idéia é que o local seja um aeroporto industrial, usado por aviões de carga no transporte de mercadorias. Em até seis meses deve estar pronto um estudo de viabilidade do local. A intenção da empresa que fará a pesquisa e será a responsável pelo empreendimento, a Newmark Knight Frank, é atrair R$ 1 bilhão de reais para o negócio.

Ainda sem prazo para conclusão, a construção da pista de pousos e decolagens tem previsão para custar entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões, quatro vezes mais caro que o único aeroporto do tipo no Brasil, o de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. A área ocupada por toda a estrutura aeroportuária e de logística seria de 1.800 hectares. “Não queremos impedir o crescimento do projeto por uma questão de tamanho da área. O estudo de viabilidade vai dizer a dimensão da demanda e o tamanho da pista”, afirmou o presidente da Newmark no Brasil, Sergio Negro.

O governo não vai colocar dinheiro no projeto, só entrará com o terreno, enquanto uma empresa chamada Arbeit seria a responsável por reunir os investimentos necessários. Além do aeroporto, no local seria construído um complexo de galpões, armazéns, área alfandegária e espaços para empresas nacionais e estrangeiras. “O novo local não concorreria com o Juscelino Kubitschek. Só a criação da pista já gera uma nova demanda”, explica Sergio Negro.

O empreendimento tem o objetivo de escoar a produção local e de estados próximos. Os setores mais beneficiados seriam os de tecnologia e a indústria de alimentos e grãos. A gestão do negócio ficaria por conta de uma empresa que seria formada pela Newmark, Arbeit e pela Costa do Sol, gestora do aeroporto de Cabo Frio. “Um segundo aeroporto pode não ser necessário hoje, mas daqui a 40 anos, será. Em um momento de crise falar em R$ 1 bilhão é ousadia, mas acredito em uma melhoria da economia e o mundo não vai parar”, afirmou o vice-governador do DF e secretário de Desenvolvimento e Turismo, Paulo Octávio.

Obra parada

A ampliação do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek é uma das 13 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) paradas por orientação do Tribunal de Contas da União. Por isso, o andamento do projeto foi reavaliado para selo amarelo, de atenção, pelo comitê gestor do programa.

Segundo o TCU, o contrato de R$ 142 milhões para a ampliação do terminal de passageiros tem um sobrepreço de 122%.

As obras em aeroportos estão entre as mais problemáticas do PAC. Das nove ações previstas, duas foram concluídas. Mas das sete restantes, apenas três receberam o selo de andamento adequado.

Além do sinal de atenção para Brasília, os aeroportos de Guarulhos (SP), Vitória (ES) e Macapá (AP) são consideradas preocupantes.

A Infraero, que administra os aeroportos, acatou a orientação do TCU e suspendeu os contratos ainda em agosto deste ano. Para o órgão, porém, as suspeitas de sobrepreço só serão sanadas com a criação de uma avaliação específica dos custos para o setor — é que hoje isso é feito com base em parâmetros para rodovias e construção civil.

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