Pular para o conteúdo principal

Fiesp apóia concessão de aeroportos

Para Paulo Skaf, não importa se o modelo será de concessão ou privatização; aéreas já têm até projetos



Mariana Barbosa


A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) elogiou a proposta do governo de privatizar os Aeroportos Internacionais do Galeão (Tom Jobim) e de Campinas (Viracopos). “Somos totalmente favoráveis à participação da iniciativa privada no Galeão, em Viracopos e em todos os demais aeroportos do País”, afirmou ontem o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

A Fiesp não tem preferência por nenhum modelo específico. “Tanto faz privatizar ou conceder à iniciativa privada por um tempo limitado”, disse Skaf. “Diante do preocupante quadro em que se encontra a aviação brasileira - já que a estrutura atual não comporta o crescimento acentuado do número de aeronaves e de passageiros -, somos favoráveis à participação da iniciativa privada nesse setor.”

A privatização dos aeroportos também é defendida pelas companhias aéreas. A TAM já manifestou interesse em construir um novo terminal no Aeroporto do Galeão, que levaria o nome da própria companhia, como ocorre em muitos aeroportos americanos.

No fim de 2006, o ex-presidente da TAM Marco Antonio Bologna chegou a desagradar ao governo ao defender abertamente, em meio ao caos aéreo, a privatização de aeroportos. Hoje, ele está à frente da W Torre, construtora que tem projetos de investir em obras de infra-estrutura aeroportuária, em parceria com a própria TAM.

Outras grandes construtoras brasileiras já demonstraram interesse no setor de aeroportos e acumulam experiências em outros países. É o caso da Andrade Gutierrez, que faz parte de um consórcio internacional que ganhou uma concessão de 35 anos para construir e operar o novo aeroporto internacional de Quito, no Equador.

Em parceria com a Camargo Correia, a Andrade Gutierrez também elaborou um projeto para a construção de um terceiro aeroporto na cidade de São Paulo. Pelo projeto, o empreendimento levaria dez anos para ser construído e custaria bem menos que o estimado pela Infraero, de R$ 5 bilhões, para a construção de um terceiro aeroporto.

O Grupo Sinergy, que reúne estaleiros, projetos de exploração de petróleo e companhias aéreas (OceanAir, no Brasil, e Avianca, na Colômbia) - também tem estudado investimentos na área de infra-estrutura aeroportuária.

“Participamos de uma licitação para um aeroporto no Peru e analisamos oportunidades no Equador e na Colômbia”, afirmou o presidente da OceanAir, José Efromovich. “Se houver licitação no Brasil, sem dúvida vamos analisar o edital.”

Como usuário de infra-estrutura aeroportuária, o empresário elogiou a proposta de abertura para a iniciativa privada. “Com as regras vigentes na administração pública, a iniciativa privada pode administrar e construir aeroportos de forma bem mais eficiente”, disse Efromovich. “Há várias obras fundamentais para acompanhar o crescimento do setor, mas toda hora vem o Tribunal de Contas da União (TCU) e embarga uma obra por suspeita de superfaturamento. O setor tem pressa.”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul