A Gol encaminhou ontem pedido à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para fazer uma reorganização societária das subsidiárias Gol Transportes Aéreos e da Varig. O objetivo é unir as duas empresas em uma só companhia aérea.

Hoje, a controladora das companhias aéreas brasileiras Gol Transportes Aéreos SA. e VRG Linhas Aéreas SA é a Gol Linhas Aéreas Inteligentes SA. O comunicado ressalta, no entanto, que as duas marcas continuariam a existir. A assessoria de imprensa da Gol não forneceu mais detalhes sobre as conseqüências da operação, mas a classificou como apenas "mais uma etapa do processo" iniciado com a aquisição da Varig.

Para o especialista em aviação Paulo Sampaio, diretor da consultoria Multiplan, cada empresa deve continuar operando com nomes e preços diferentes. O consultor aposta que a marca Varig se posicionará frente ao consumidor oferecendo conforto (maior espaço entre os assentos) e serviço de bordo mais sofisticado. Sampaio prevê que as duas marcas utilizarão a mesma estrutura e pessoal, podendo compartilhar por exemplo balcões e espaços nos aeroportos, a exemplo do que ocorreu com Varig e Cruzeiro entre 1975 e 1992.

Frota padronizada contribui para a operação conjunta

Segundo o consultor, os mesmo pilotos tendem a conduzir aviões das duas empresas, o que não ocorre hoje, e deve haver uma redução de pessoal, especialmente nos serviços de terra, em conseqüência da racionalização de custos permitida pela união.

A suspensão de rotas para Europa e México, que reduziu o raio das rotas da Varig, a autorização da ANAC para que as duas empresas mantenham acordo de code share (compartilhamento de vôos) e o fato de ambas operarem com uma frota padronizada, de Boeings 737, teriam contribuído para esse novo passo na união das empresas.

A estrutura de cada uma

Gol: oferece mais de 640 vôos diários para 57 destinos no Brasil e na América do Sul. Varig: oferece mais de 120 vôos diários para 14 destinos no Brasil.

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