ANA CRISTINA OLIVEIRA
SUCURSAL ITABUNA
Se o aeroporto parar, a região sul não decola”, foi o tema do protesto, que reuniu, na manhã de sábado, mais de mil pessoas, entre políticos e lideranças empresariais e de turismo de Ilhéus, Itacaré, Itabuna e outras cidades, em defesa do aeroporto de Ilhéus.
O terminal está ameaçado de fechamento, com a nova restrição da Agência Nacional de Aviação civil (Anac) de suspender os vôos por instrumento.
As restrições estão ocorrendo desde 2006, após a crise aérea, e a nova medida provocou o cancelamento de três vôos noturnos da Gol e TAM, reduzindo de cinco para três o número de vôos do aeroporto, que não se sustenta sem movimento.
Os manifestantes fecharam a Avenida Rio Branco, que passa ao lado do terminal e saíram em passeata, até a frente do aeroporto, causando um enorme engarrafamento na avenida, que dá acesso à BA-001, que liga Ilhéus a Canavieiras.
Segundo o presidente da Câmara de Turismo da Costa do Cacau, Luigi Massa, faz um ano que a comunidade apela às autoridades estaduais e ao ministro da Defesa Nelson Jobim que encontre uma saída para as dificuldades apontadas pela Anac, “mas, parece que todos estão surdos”.
Massa diz que o aeroporto serve a uma região com mais de três milhões de habitantes, além das indústrias, comércio e o turismo. Sem ele, a região ficará isolada, as empresas irão embora, o comércio pára e o desemprego será gigantesco.
Os reflexos já estão ocorrendo no setor aéreo, com a demissão de 15 funcionários de uma das companhias duas aéreas que operam no terminal.
Para o Presidente do Sindicato Rural, Izidoro Gesteira, “a solução é política e precisamos da força de nossas lideranças para reverter essa medida discriminatória contra Ilhéus”, diz Izidoro. O empresário José Leite, presidente do Fórum Permanente de Defesa de Ilhéus, que coordenou o movimento, destacou que as autoridades têm que encontrar uma saída para que o aeroporto continue funcionando, até que o novo seja construído pelo governo.