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Nova malha aérea altera vôos em Congonhas a partir de hoje


As empresas aéreas começaram a operar nesta segunda-feira a nova malha aérea brasileira, que restringe operações no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo). Com isso, vôos tiveram rotas e horários alterados.

Entre as medidas previstas no pacote estão a que proíbe Congonhas ter vôos com raio superior a 1.000 km; proíbe conexões ou escalas e reduz para 33 o número de movimentos por hora para a aviação regular ----no começo do ano, antes da reforma da pista principal, eram 48.

A Gol anunciou na manhã do último sábado o cancelamento de 47 vôos permanentes e alterações de horário e aeroporto para cerca de outros 30. Com a decisão, quatro vôos de São Paulo para o Rio de Janeiro e sete do Rio para São Paulo, quase todos diários, deixam de existir, segundo as informações da empresa.

A lista de vôos alterados da Gol traz mudanças, em geral, apenas no horário. Mas há também casos de mudanças de aeroporto. Passageiros com dúvidas devem telefonar para 0300-115-2121.

A TAM havia divulgado no dia 20 nota em que transferia para Guarulhos os vôos para Norte, Nordeste e Cuiabá (MT), para atender à distância máxima de 1.000 km para vôos diretos.

Apesar das mudanças, a Infraero (estatal que administra os aeroportos) informou que o movimento é considerado normal nos terminais de São Paulo e do Rio na manhã desta segunda.

De acordo com balanço da estatal, em todo o país, 10% dos 452 vôos programados para ocorrer da 0h às 8h sofreram atrasos superiores a uma hora. Do total, 9,3% (43) foram cancelados.

Em Congonhas, os atrasos atingiram 4 dos 42 vôos previstos (9,5%) e dois vôos foram cancelados.

Restrição

Na última sexta (28), o TRF (Tribunal Regional Federal) determinou novas restrições para as operações no aeroporto de Congonhas, que incluem a limitação de 130 passageiros nas aeronaves em pousos e decolagens.

As principais companhias aéreas do país utilizam modelos com capacidade superior a essa. O Airbus-A320 da TAM tem 174 assentos, por exemplo.

As limitações previstas na decisão liminar do desembargador federal Roberto Haddad também abrangem a proibição de aviões no aeroporto com reversor inoperante --sistema auxiliar de frenagem que estava sem funcionar em um dos lados do avião que se acidentou em Congonhas em julho, matando 199 pessoas.

Elas incluem, também, uma restrição maior à quantidade de combustível nos vôos, além da obrigatoriedade de as empresas aéreas fazerem desvios para Cumbica quando houver "qualquer defeito mecânico" e de submeter as tripulações a treinamento específico para Congonhas, semelhante ao que existe para quem pousa no Santos Dumont, no Rio --devido à pequena extensão da sua pista.

O despacho foi dado em resposta a um recurso do MPF (Ministério Público Federal), que queria a interdição do aeroporto depois do acidente com a aeronave Airbus-A320 da TAM, que fazia o vôo 3054, até a conclusão das investigações --solicitação que foi recusada em primeira instância.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que iria recorrer. Um representante das empresas aéreas e outro da Anac disseram extraoficialmente considerar a medida que limita os aviões ao transporte de 130 passageiros esdrúxula por falta de embasamento técnico.

No fim de semana, a TAM afirmou que já cumpre a determinação que limita pousos e decolagens no aeroporto de Congonhas a aviões com até 130 passageiros. A Gol afirmou que já cumpre parte das exigências, sem citar quais, mas que "está trabalhando para atender as demais".

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