Da Redação
Em São Paulo
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A fabricante de aviões européia Airbus garante que o A380 será "o mais rentável do mundo". O projeto custou cerca de US$ 13 bilhões, levou sete anos para ser concluído, atrasou um ano e meio para efetuar a primeira entrega e, com a demora, contribuiu para um prejuízo de 195 milhões de euros da companhia controladora EADS no terceiro trimestre do ano passado (veja quadro abaixo).
O maior avião de passageiros da história da aviação civil terá um custo de exploração por passageiro entre 15% e 20% inferior ao do rival B747, da Boeing. O gasto de combustível, segundo a previsão inicial da EADS, será o menor do mundo: três litros por passageiro a cada cem quilômetros. O avião poderá viajar até 15 mil quilômetros sem escalas.
Se esses dados se confirmarem na prática, o A380 pode remodelar o mercado de aviação, segundo seus desenvolvedores, desbancando o concorrente Boeing 747, que havia levado a companhia americana a liderar o setor por mais de 30 anos, a partir de 1970.
Foi somente em 2003, três anos depois de anunciar o projeto do A380, que a Airbus conseguiu destronar a Boeing. A empresa dos Estados Unidos, no entanto, anunciou em janeiro de 2007 que ficou novamente à frente da européia, devido aos sucessivos atrasos na entrega do A380.
Mesmo com esses problemas, a Airbus tem hoje 189 pedidos do A380, feitos por 17 clientes. Após a Singapore Airlines, as próximas companhias aéreas a receber o novo avião serão a Emirates Airlines e a Qantas. O grupo espanhol Marsans anunciou em 11 de outubro a compra de 73 aviões da Airbus, sendo que quatro deles são do modelo A380, por uma quantia total que ultrapassa US$ 7 bilhões.
Subutilizado
O A380 seria capaz de transportar até 853 passageiros se fosse modelado apenas para a classe econômica. Com a divisão das três categorias tradicionais, o que inclui a executiva e a primeira classe, o avião pode levar 555 passageiros.
Mas a Singapore Airlines, primeira empresa a receber o gigante, optou por uma distribuição mais espaçosa, com apenas 471 lugares. Ainda assim, ficará à frente do principal concorrente, Boeing 747-400, que comporta até 416 passageiros.
Os primeiros negócios indicam que o aumento do conforto pode compensar, em termos econômicos, a redução do número de lugares. Para o primeiro vôo, entre Cingapura e Sydney (Austrália), a Singapore Airlines obteve US$ 1,3 milhão, ao vender as passagens por meio de leilão.
A empresa afirma que doará o dinheiro para obras de caridade. O primeiro passageiro, que ficará no assento 1A, na classe "suíte", pagou 73 mil euros (cerca de R$ 187 mil) pelo tíquete de ida e volta.
Desemprego
Ao mesmo tempo em que a EADS alardeia a possibilidade de fazer uma reviravolta no mercado de aviação, a Airbus promove uma reestruturação interna que levará à demissão de mais de 10 mil funcionários.
O plano, batizado de Power 8, foi aprovado em fevereiro desde ano pelo Conselho de Administração da EADS. A empresa declarou que o objetivo é enfrentar "o desafio da fraqueza do dólar".
A companhia vinha tentando reverter a imagem de empresa ineficiente por ser ligada ao setor público e a interesses econômicos. Entre os acionistas da EADS, estão o Estado francês, com participação de 15%, e a Sepi, estatal espanhola, com 5,47%.
Em julho de 2002, o então presidente da empresa, Noel Forgeard, disse ao jornal francês "Le Monde" que, quando assumiu o posto, em 1998, a companhia "tinha três objetivos: (...) colocar a Airbus em paridade com a Boeing, lançar o A380 e transformar a Airbus, que era um grupo de interesses econômicos, em uma verdadeira empresa".
O maior avião de passageiros da história da aviação civil terá um custo de exploração por passageiro entre 15% e 20% inferior ao do rival B747, da Boeing. O gasto de combustível, segundo a previsão inicial da EADS, será o menor do mundo: três litros por passageiro a cada cem quilômetros. O avião poderá viajar até 15 mil quilômetros sem escalas.
Se esses dados se confirmarem na prática, o A380 pode remodelar o mercado de aviação, segundo seus desenvolvedores, desbancando o concorrente Boeing 747, que havia levado a companhia americana a liderar o setor por mais de 30 anos, a partir de 1970.
Foi somente em 2003, três anos depois de anunciar o projeto do A380, que a Airbus conseguiu destronar a Boeing. A empresa dos Estados Unidos, no entanto, anunciou em janeiro de 2007 que ficou novamente à frente da européia, devido aos sucessivos atrasos na entrega do A380.
Mesmo com esses problemas, a Airbus tem hoje 189 pedidos do A380, feitos por 17 clientes. Após a Singapore Airlines, as próximas companhias aéreas a receber o novo avião serão a Emirates Airlines e a Qantas. O grupo espanhol Marsans anunciou em 11 de outubro a compra de 73 aviões da Airbus, sendo que quatro deles são do modelo A380, por uma quantia total que ultrapassa US$ 7 bilhões.
Subutilizado
O A380 seria capaz de transportar até 853 passageiros se fosse modelado apenas para a classe econômica. Com a divisão das três categorias tradicionais, o que inclui a executiva e a primeira classe, o avião pode levar 555 passageiros.
Mas a Singapore Airlines, primeira empresa a receber o gigante, optou por uma distribuição mais espaçosa, com apenas 471 lugares. Ainda assim, ficará à frente do principal concorrente, Boeing 747-400, que comporta até 416 passageiros.
Os primeiros negócios indicam que o aumento do conforto pode compensar, em termos econômicos, a redução do número de lugares. Para o primeiro vôo, entre Cingapura e Sydney (Austrália), a Singapore Airlines obteve US$ 1,3 milhão, ao vender as passagens por meio de leilão.
A empresa afirma que doará o dinheiro para obras de caridade. O primeiro passageiro, que ficará no assento 1A, na classe "suíte", pagou 73 mil euros (cerca de R$ 187 mil) pelo tíquete de ida e volta.
Desemprego
Ao mesmo tempo em que a EADS alardeia a possibilidade de fazer uma reviravolta no mercado de aviação, a Airbus promove uma reestruturação interna que levará à demissão de mais de 10 mil funcionários.
O plano, batizado de Power 8, foi aprovado em fevereiro desde ano pelo Conselho de Administração da EADS. A empresa declarou que o objetivo é enfrentar "o desafio da fraqueza do dólar".
A companhia vinha tentando reverter a imagem de empresa ineficiente por ser ligada ao setor público e a interesses econômicos. Entre os acionistas da EADS, estão o Estado francês, com participação de 15%, e a Sepi, estatal espanhola, com 5,47%.
Em julho de 2002, o então presidente da empresa, Noel Forgeard, disse ao jornal francês "Le Monde" que, quando assumiu o posto, em 1998, a companhia "tinha três objetivos: (...) colocar a Airbus em paridade com a Boeing, lançar o A380 e transformar a Airbus, que era um grupo de interesses econômicos, em uma verdadeira empresa".