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Jobim contraria Anac e afirma que crise persiste

Zero Hora

Rio. Um dia depois de ter afirmado que a crise aérea está superada para os passageiros, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) teve de ouvir do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que a crise pela qual a própria agência passa continua.

- Não está superada (a crise na Anac).

Nós ainda temos uma série de problemas a serem resolvidos na nova Anac - disse o ministro.

O primeiro problema da "nova Anac" será preencher os cargos de diretoria aos quais Denise Abreu, Jorge Velozo e Leur Lomanto renunciaram, entre os últimos dias 24 de agosto e 6 de setembro. Desde a primeira renúncia, Jobim apresentou apenas um possível substituto, o brigadeiro Allemander Jesus Pereira Filho.

Sobre a crise no setor, Jobim afirmou que espera ainda pela reconstrução da malha aérea nacional.

- Já caminhamos grandemente para o problema da segurança, que era o primeiro objetivo de nossa administração. Agora temos de caminhar para o regime da pontualidade, o problema dos atrasos, que será resolvido com toda a reconstituição da malha aérea - disse.

O ministro quer propor à "nova Anac" a idéia de cobrar tarifas diferenciadas em aeroportos com menos movimento para tentar desafogar outros. Segundo Jobim, está é uma "hipótese que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está aceitando":

- Se alguém quiser embarcar em Congonhas, em São Paulo, a taxa aeroportuária será superior à de Cumbica, na Grande São Paulo, para atender à necessidade de descompressão da malha aérea.

Jobim participou no sábado, no Rio, de uma parada naval em homenagem aos 200 anos de nascimento do almirante Tamandaré, patrono da Marinha.

Segundo agência, crise está superada para passageiros

Na sexta-feira, a Anac havia divulgado números com o objetivo de demonstrar que, para os passageiros, a crise aérea estaria superada. Na nota, a Anac afirmou que, em setembro de 2006, quando houve o acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas em Mato Grosso, a média de atrasos de mais de uma hora era de 15% e de cancelamentos, de 12%. De acordo com a Anac, entre os últimos dias 27 de agosto e 2 de setembro, essas médias foram de apenas 9% e 10%, respectivamente.

Os dados apresentados pela Anac não incluem o primeiro trimestre da crise aérea - os meses de outubro, novembro e dezembro. Pelas informações da Anac, o ápice da crise ocorreu em julho passado, quando atrasos superiores a uma hora atingiam 36% dos vôos, em média, e os cancelamentos atingiam 13%.

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