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Grooving começa a ser feito na pista principal

Guarulhos, Curitiba, Rio e Porto Alegre serão equipados com ILS3, para pousos mais seguros

Tânia Monteiro – O Estado de São Paulo

BRASÍLIA: A Infraero informou ontem que as obras de grooving (as ranhuras feitas no asfalto para escoamento de água) na pista principal do Aeroporto de Congonhas devem demorar cerca de 20 dias, porque uma força-tarefa vai ser empregada para executar o serviço. Normalmente, segundo a Infraero, seria necessário o dobro do tempo.

O trabalho, que começou ontem, será executado de noite, para não atrapalhar as operações na pista auxiliar. A Infraero informa que a chuva que continua caindo em São Paulo não impedirá a execução do serviço. As obras serão feitas, primeiramente, na cabeceira das pistas. Ontem, como o aeroporto ficou fechado, ranhuras foram incrustadas no meio da pista. Ainda se investiga a hipótese de a ausência de grooving em Congonhas ter contribuído para o acidente com o avião da TAM.

Paralelamente, a estatal executa reparos na pista principal. Eles são necessários porque a Polícia Federal retirou 14 blocos de 20 centímetros de largura da pista para analisar aderência. Ao contrário das ranhuras, o trabalho de recuperação não pode ser feito sob chuva forte.

Técnicos da Infraero puseram uma barreira de concreto perto da cabeceira, onde houve deslizamento de terra anteontem. A canaleta que escoa água da pista quebrou no dia do acidente. “O local já está coberto com lona e a barreira vai evitar que a água da pista vá para o barranco”, disse o superintendente da regional da Infraero, Edgard Brandão Júnior.

NOVO SISTEMA

O diretor do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), brigadeiro Ramon Cardoso, anunciou que os Aeroportos de Guarulhos, Curitiba, Rio e Porto Alegre vão ser equipados com o ILS3 (Instrument Landing System, em inglês). Esse sistema de aproximação por instrumentos, que não existe em nenhum aeroporto do País, permite pousos em situações de visibilidade quase nula, como chuva forte e nevoeiro. Cardoso disse que nevoeiros e chuvas são os principais problemas hoje.

Congonhas usa o ILS1 - em que o piloto assume o pouso manual quando o avião atinge 60 metros de altura -, mas não tem condição de receber aparelhos mais potentes. Guarulhos opera com o ILS2 (pouso manual a partir de 30 metros) e deve ser um dos primeiros a receber o ILS3 - cada um custa US$ 2 milhões.

COLABOROU CAMILLA RIGI

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