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Plano para Congonhas não mexe com empresas aéreas

da Folha Online

A primeira etapa do plano de ação desenvolvido pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em parceria com o comando da Aeronáutica e a Infraero, para desafogar o tráfego aéreo em Congonhas, vai priorizar o aumento da eficiência no aeroporto em vez de intervir na malha aérea das empresas, informa reportagem (íntegra só para assinantes) publicada na edição deste sábado da Folha.

Segundo a Folha apurou, entre as medidas implementadas nos próximos 30 dias estarão: mais ônibus de transporte de passageiros no embarque e desembarque, uso de áreas subaproveitadas, redistribuição de espaços de check-in, aproveitamento de espaços tomados por empresas que não voam mais, como a Vasp, entre outras medidas.

O objetivo das ações, segundo a reportagem, é reduzir o tempo das aeronaves em solo, fator identificado pela agência como o principal causador dos atrasos. Congonhas é considerado um aeroporto saturado em termos de pista e de solo.

A Anac pretende deixar inalteradas as divisões de horários e espaço de pouso e decolagem entre as companhias. As empresas que têm um determinado número de vôos em Congonhas não terão como expandir as operações no local e as que pretendem começar a operar não poderão pleitear horários e espaços até que a situação seja normalizada.

Plano de ação

Na tarde da última quinta-feira (5), o ministro da Defesa, Waldir Pires, esteve reunido por três horas e meia com representantes do setor para corrigir problemas identificados na prestação dos serviços aéreos. Participaram da reunião o diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil, Milton Zuanazzi; o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira; o vice-diretor do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), major-brigadeiro-do-ar Álvaro Luiz Pinheiro da Costa; e o assessor especial do Ministério da Defesa major-brigadeiro-do-ar Jorge Godinho Barreto Nery.

De acordo com o Ministério da Defesa, foram adotadas quatro medidas. Uma delas aumentar o efetivo do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, que irá centralizar informações sobre a situação dos vôos nos principais aeroportos brasileiros. Com base nessas informações, as empresas deverão manter os usuários informados.

O pacote de medidas também prevê o aproveitamento de "áreas em desuso operacional nos aeroportos, ocupadas atualmente como depósitos, para colocá-las a serviço do transporte aéreo, mediante esforços processuais junto ao Poder Judiciário, quando necessário".

Além disso, os órgãos federais responsáveis pela área de aviação civil, junto com as empresas, devem "implementar procedimentos que atendam adequadamente os usuários, prestando-lhes todas as informações e assistência necessárias à execução do serviço público de boa qualidade".

Aeroportos de São Paulo

A Infraero (estatal que administra os aeroportos) informou que, até às 8h deste sábado, o aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica (Guarulhos, região metropolitana), registrava 12 atrasos superiores a uma hora nas 46 decolagens programadas para ocorrer das 0h às 8h. Apenas um vôo foi cancelado.

Em Congonhas, até as 8h, era registrado o cancelamento de três vôos, entre os 39 programados, aponta balanço preliminar da Infraero. Segundo a estatal, apenas dois vôos estavam com atrasos superiores a um hora.

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