da Folha Online

Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que transportava o então presidente Fernando Henrique Cardoso quase bateu no ar contra um Fokker 100 da TAM com 113 pessoas a bordo, em 2002. O risco, provocado por falhas no controle de tráfego aéreo brasileiro, está descrito em mapas do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) divulgados na edição deste domingo do jornal "Zero Hora".


Segundo a reportagem, o avião presidencial --um Boeing 737-200 chamado de Sucatinha-- e o Fokker estiveram a 24 segundos de colidir no ar, a mais de 700 km/h. O primeiro saíra de Brasília com direção ao Pará e o segundo saíra do Maranhão com direção a Brasília.


"Os mapas não revelam a data do incidente. Controladores de vôo lotados no Cindacta-1, que pediram para preservar sua identidade, asseguram que a aeronave transporta FH a Tucuruí, no Pará. Em 28 de junho de 2002, ele esteve em Tucuruí para uma cerimônia oficial", diz o texto do "Zero Hora".


Conforme os mapas publicados, os dois aviões começam a se aproximar às 9h39min32s. O Sucatinha ganhava altitude, a 704 km/h, enquanto o Fokker voa em sentido contrário, a 778 km/h, apenas 335 metros acima. Às 9h39min59s, os aviões estão na mesma altitude --21 mil pés-- e não conseguem se comunicar por rádio com o Cindacta-1.


Doze segundos depois, as duas aeronaves aparecem realizando manobras para evitar o choque, graças ao TCAS (sistema anti-colisão). Conforme o jornal, "o Sucatinha desce para 20,9 mil pés, e o Fokker 100 sobe para 21,1 mil".


O caso chegou a ser investigado, mas não houve punição.

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