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Aeroporto de Guarulhos tem atrasos e cancelamentos pelo 3º dia seguido

Dos 530 voos previstos até as 18 horas, entre chegadas e partidas, 192 ou 36% enfrentaram problemas em Cumbica neste sábado (15).


Por G1 SP e TV Globo

Passageiros enfrentam filas, atrasos e cancelamentos de voos pelo terceiro dia consecutivo neste sábado (15), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Na quarta-feira, a concessionária que administra o terminal anunciou a adoção de pousos e decolagens simultâneos para agilizar o embarque, mas atribui os atrasos às chuvas de quinta-feira e os reflexos se estendem até este sábado como "efeito cascata".

Passageiros reclamam de demora e falta de comida após cancelamentos de voos no Aeroporto de Guarulhos. — Foto: Antônio Laudenir/ Diário do Nordeste
Passageiros reclamam de demora e falta de comida após cancelamentos de voos no Aeroporto de Guarulhos. — Foto: Antônio Laudenir/ Diário do Nordeste

Até as 18 horas estavam previstos 530 voos em Cumbica, sendo 271 chegadas e 259 partidas, segundo a concessionária GRU Airport, que administra o aeroporto. Ao todo, 192 voos tiveram problemas (atrasos ou cancelamentos), ou seja, 36% do total.

Entre as 271 chegadas previstas, 59sofreram atrasos (24%) e 25 foram cancelados (9,2%). Entre as partidas, 259 partidas, 90 sofreram atrasos (37,3%) e 18 foram cancelados (6,9%).

Segundo a assessoria da GRU Airport, a Latam é a companhia com maior incidência de atrasos. Foram 35 voos cancelados dos 160 programados pela empresa neste sábado.

As empresas aéreas acionaram seus planos de contingência e realizaram o replanejamento da malha aérea no terminal. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diz que está monitorando os ajustes.

Na quinta-feira (13), passageiros de três voos atrasados protestaram no saguão de embarque de Cumbica. A GRU Aiport, que administra o aeroporto, informou que aqueles atrasos ocorreram por conta do mau tempo.

Nesta sexta-feira (14), o aeroporto amanheceu novamente com filas, atrasos e cancelamentos. A confusão não afetou apenas os voos com origem em São Paulo - passageiros que decolaram em Madrid, na Espanha, perderam quase dois dias inteiros de viagem porque a aeronave não conseguia pousar em Guarulhos para uma escala.

A concessionária publicou uma nota em que atribuiu os atrasos e cancelamentos em decorrência das chuvas. “Os atrasos são decorrência direta das chuvas do dia de ontem, o que motivou o acúmulo de tráfego com origem ou destino no Aeroporto de Guarulhos”, explicou em nota a concessionária que administra o aeroporto.

A GRU Airport informou ainda que “a regularização completa das operações depende das empresas aéreas, não sendo possível à concessionária estimar quando a malha aérea será integralmente regularizada”.

Aos passageiros com embarque previsto, o Aeroporto de Guarulhos recomenda antecedência na chegada por conta da grande demanda, e confirmar junto a empresa aérea o status do seu voo afim de evitar maiores transtornos.

Mau tempo


Nos posicionamentos enviados à imprensa, Gol e Latam afirmaramm que os atrasos foram motivados pela chuva forte que caiu sobre São Paulo na quinta-feira.

Meteorologistas ouvidos pela TV Globo apontam, no entanto, que o tempo não estava fechado quando os problemas se agravaram. Os radares mediram 36 milímetros de chuva e ventos de até 81km/h, em Guarulhos, entre as 15h e as 18h de quinta.

Na manhã de sexta, segundo os especialistas, não havia nebulosidade, chuva ou nevoeiro no céu da região – condições que, geralmente, afetam a visibilidade dos pilotos e alteram as condições de voo.

Nova operação

Na última quarta (12), o aeroporto anunciou um novo regime de operação, com pousos e decolagens simultâneas. O procedimento, chamado de Agile GRU, permite que aeronave decole de uma pista enquanto outra estiver pousando, desde que a pista esteja em "condição visual" – ou seja, sem revés climático.

Questionada se a operação causou impacto positivo ou negativo nos pousos e decolagens, a GRU respondeu em nota que “o procedimento é feito em condições meteorológicas favoráveis, com impacto positivo para a operação do Aeroporto” e que “em situações de visibilidade reduzida, como é o caso de chuva forte, não é possível fazer o procedimento de pouso e decolagem simultânea”.


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