Resultado foi afetado principalmente pela entrega de menos jatos comerciais no período.
Por G1
A Embraer registrou um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 83,8 milhões no terceiro trimestre, ante um lucro de R$ 331,9 milhões no mesmo período do ano passado, informou a fabricante brasileira de aeronaves nesta terça-feira (30). O prejuízo, entretanto, foi menor que o registrado no 2º trimestre (R$ 467 milhões).
A Embraer registrou um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 83,8 milhões no terceiro trimestre, ante um lucro de R$ 331,9 milhões no mesmo período do ano passado, informou a fabricante brasileira de aeronaves nesta terça-feira (30). O prejuízo, entretanto, foi menor que o registrado no 2º trimestre (R$ 467 milhões).
Embraer E175 — Foto: Embraer/ Divulgação |
Com o resultado, a Embraer passa a acumular prejuízo de R$ 590,9 milhões no ano.
Segundo o balanço, no 3º trimestre foram entregues 15 jatos comerciais e 24 executivos, ante 25 jatos comerciais e 20 executivos entregues no mesmo período do ano passado.
O valor dos aviões vendidos, mas ainda a serem entregues, atingiu uma mínima de cinco anos neste trimestre, destaca a agência Reuters. A empresa também foi afetada pela perda de pedidos da Jet Blue para a rival Airbus, e teve que cortar 100 jatos comerciais de suas previsões de vendas devido a incertezas se pilotos concordariam em comandar aviões E175-E2 nos Estados Unidos.
O resultado ficou abaixo da previsão consensual para lucro líquido trimestral de 4,2 milhões de
A receita líquida por sua vez cresceu 11% na comparação anual, somando R$ 4,58 bilhões.
Parceria com a Boeing
No balanço, a Embraer afirma que continua a negociar com a Boeing, mas que "não há garantia quanto à conclusão dos documentos finais ou a consumação da transação, ou o tempo ou termos destes".
O acordo de união dos negócios da Boeing e Embraer para a criação de uma nova empresa na área de aviação comercial foi anunciado em julho. Pelo memorando, a companhia americana terá 80% de participação e a brasileira, 20% na joint venture. A transação ainda depende do aval dos acionistas – entre os quais está o governo brasileiro – e dos órgãos reguladores do mercado brasileiro e americano.
A venda, no entanto, significaria que a Embraer teria que sustentar a companhia em grande parte com suas divisões de jatos executivos e de defesa, ambas operando com prejuízo nos últimos trimestres, destaca a Reuters.
A divisão de jatos executivos registrou prejuízo operacional de R$ 32 milhões nos primeiros nove meses do ano, enquanto a divisão de defesa teve prejuízo operacional de R$ 443 milhões.
A empresa informou que o resultado negativo da divisão de defesa foi por causa de um evento isolado quando o protótipo do KC-390 saiu da pista durante um teste em solo, atrasando a entrega e aumentando os custos de desenvolvimento.
A divisão comercial, por sua vez, obteve um lucro operacional de R$ 355 milhões nos nove meses até 30 de setembro.