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Bomba perdida da 2ª Guerra provoca fechamento de aeroporto em Londres

O aeroporto City, em Londres, foi fechado depois que trabalhadores que atuam em uma obra de expansão encontraram uma bomba da Segunda Guerra próxima ao rio Tâmisa.


BBC Brasil

Localizado às margens do rio no leste da cidade, o terminal fica dentro da capital inglesa e, além de voos comerciais, é bastante usado para pousos e decolagens de jatos e helicópteros particulares.

Vista aérea do aeroporto
Aeroporto às margens do Tâmisa vai ser ampliado para atender 30 mil voos anuais a mais | PA

Os voos foram cancelados já na noite de domingo, e o aeroporto permanecerá fechado nesta segunda para que a bomba seja desativada e retirada. Mais de 16 mil pessoas devem ser afetadas.

O artefato histórico foi encontrado às 5h de domingo. Robert Sinclair, diretor do City, pediu desculpas pelo transtorno.

"Reconheço que isso está causando inconveniência para os passageiros, em especial para os residentes locais. O aeroporto está colaborando com a polícia e a Marinha real e trabalhando duro para remover o artefato e resolver a situação o mais rápido possível."

Ataque nazista

Em 1940, aviões da Alemanha nazista deram início a uma operação de bombardeios conhecida como a "Blitz de Londres", que durou oito meses. O ataque começou às margens do Tâmisa, com bombas sendo despejadas no porto da cidade.

Londres já havia sido atacada anteriormente, mas os bombardeios registrados a partir dia 7 de setembro de 1940 são considerados a primeira operação concentrada. Ela foi ordenada pelo líder nazista Adolf Hitler em retaliação ao ataque da força aérea britânica em Berlim, realizado dias antes.

Registros históricos indicam que Londres ficou 57 dias consecutivos, entre setembro e novembro, sob ataque. A ofensiva alemã continuou, ainda que não diariamente, por mais seis meses até maio de 1941.

Nem todas as bombas, contudo, explodiram, e muitas continuam sendo descobertas em Londres, em especial durante obras. Apesar de terem quase 80 anos, esses artefatos podem ter preservado seu poder de destruição.

Por isso, as operações para desativar essas relíquias de guerra mobilizam a polícia e as forças armadas britânicas.

Em março do ano passado, um artefato foi encontrado em uma região residencial de Londres. A área foi isolada e 80 moradores, levados para um hotel.

No domingo, a polícia montou isolou um perímetro a até 214 metros da área onde a bomba foi localizada no aeroporto. Moradores da área precisaram sair de casa.

"Enquanto nos esforçamos para avançar com a operação o mais rápido possível e minimizar a interrupção, é importante que todas as providências e precauções necessárias sejam tomadas para assegurar que tudo seja tratado com segurança", disse a polícia londrina.

Passageiros usaram as redes sociais para expressar confusão e frustração com o fechamento do aeroporto. Eles estão sendo orientados a procurar as companhias aéreas para remarcar os voos. Além do City, Londres é atendida comercialmente por pelo menos outros quatro aeroportos: Heathrow, Gatwick, Stansted e Luton.

No ano passado, mais de 4,5 milhões de pessoas usaram o City, que está sendo ampliado. A obra está orçada em R$ 1,8 bilhão e, depois da expansão, a expectativa é que o aeroporto atenda mais 2 milhões de passageiros e receba 30 mil voos extras por ano.

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