Ele foi preso em Chapadão do Sul, MS. Aeronaves haviam sido removidas sem autorização e foram encontradas em Primavera do Leste, MT.
Por Paulo Fernandes | G1 MS
Dono de uma empresa de aviação agrícola em Chapadão do Sul, na região leste de Mato Grosso do Sul, a 333 quilômetros de Campo Grande, um empresário foi preso nesta terça-feira (11), naquela cidade, após ter removido três aeronaves que foram apreendidas pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco) em Mato Grosso do Sul.
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Aeronaves apreendidas foram usadas pelo empresário sem comunicação ou autorização legal. (Foto: Deco-MS/Divulgação) |
Os aviões estavam entre os sete apreendidos na operação Deriva. De acordo com a delegacia, sem qualquer comunicação ou autorização legal, ele voou para locais desconhecidos.
As aeronaves foram localizadas em uma oficina em Primavera do Leste (MT). A Polícia Civil de Mato Grosso e a Delegacia Regional daquela cidade foram acionadas oficialmente pela Deco, de Mato Grosso do Sul, e procedeu novamente a apreensão das aeronaves removidas criminosamente.
O empresário foi preso após a delegada titular da Deco, Ana Claudia Medina, obter mandado de busca e apreensão para casa, escritório comercial, hangar e dependências da empresa de aviação. Durante o cumprimento dos mandados judiciais, o empresário foi preso por posse ilegal de arma de fogo.
Ele foi flagrado com munições de calibre restritos (357, 9mm, 12, 380 e 22), além de armas do tipo pressão, arpão e diversos artifícios explosivos (bombas), bem como, um arma calibre 12, em que apresentou apenas a cópia de registro. A polícia informou que o necessário é apresentar o documento original.
Pela remoção as aeronaves sem autorização e de forma criminosa, o empresário responderá por desobediência.
Deriva
A Operação Deriva, foi desencadeada de 21 a 23 de março nas cidades de Chapadão do Sul e Costa Rica, ambas em Mato Grosso do Sul. O foco da operação conjunta entre órgãos federais e estaduais teve foco na fiscalização da aplicação de agrotóxicos por meio de aviação agrícola.
As aeronaves do empresário preso nesta terça-feira (11) foram apreendidas na ocasião por estarem operando com abastecimento diverso do recomendado pelo fabricante. Elas eram homologadas para funcionamento a gasolina, porém, foram convertidas e abastecidas com etano, sem qualquer homologação junto a agencia reguladora.
Ainda de acordo com a Deco, os aviões contavam com algumas peças instaladas em desacordo com o manual do fabricante, que regra a segurança de voo. Além disso, uma das aeronaves estava operando com o certificado de aeronavegabilidade vencido desde outubro de 2016.
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