O primeiro-ministro ucraniano Arseni Iatseniuk anunciou a proibição de aviões russos sobrevoarem o espaço aéreo do país, ampliando a medida anterior que já restringia voos da Rússia rumo à Ucrânia.


PÁVEL RÍTSAR | GAZETA RUSSA

Entrou à meia-noite desta quinta-feira (26) o decreto que proíbe aviões russos de sobrevoar o espaço aéreo da Ucrânia. O comunicado do serviço de aviação ucraniano foi enviado à Agência Russa de Transporte Aéreo no dia anterior.


Desvio de rotas deve encarecer passagens aéreas Foto:Iliá Pitalev/RIA Nôvosti

“As companhias aéreas russas e aeronaves russas não terão mais o direito de usar o espaço aéreo ucraniano”, anunciou o primeiro-ministro Arseni Iatseniuk na quarta.

Aviões russos já estavam proibidos de aterrissar em aeroportos da Ucrânia desde 25 de outubro. Desde então, algumas rotas haviam sido alteradas para não sobrevoar o espaço aéreo do país, sobretudo em regiões no leste onde o voo MH17 foi derrubado no ano passado, matando cerca de 300 pessoas.

Mesmo assim, “as passagens aéreas podem subir com os aviões forçados a desviar da Ucrânia”, disse o vice-ministro dos Transportes russo, Valéri Okulov, citado pela agência RBC.

Crimeia sem energia

A decisão vem na esteira de um confronto acerca das redes de energia da Ucrânia para a península da Crimeia. A região, que foi reintegrada à Rússia em meados do ano passado, teve a energia cortada por sabotadores no fim de semana passado.

A demora no reparo dos cabos por autoridades ucranianas vem sendo alvo de críticas entre os locais. A rede danificada cobre 70% da eletricidade consumida na Crimeia.

Enquanto muitos crimeanos permanecem no escuro, Moscou e Kiev mantêm ameaças mútuas em relação a sanções e restrições de comércio.


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