O site oficial do salão Aeroespacial MAKS 2015 que aconteceu entre 25 e 30 de agosto 2015 fez um resumo do trabalho do show aéreo.
Sputnik
Apesar dos fatores econômicos e políticos não favoráveis, o montante dos contratos e acordos concluídos superou 350 bilhões de rublos (20 bilhões de reais brasileiros). O salão foi visitado por 404 mil pessoas.
O vice-diretor da Aviasalon, S.A., que organizou o MAKS 2015, Nikolai Zanegin concedeu uma entrevista à Sputnik para avaliar os resultados do show aéreo deste ano.
Myasishchev VM-T Atlant © REUTERS/ Maxim Shemetov |
Visitantes
Nós monitoramos atentamente a mídia estrangeira. Todos os meios de comunicação emitiram relatos positivos sobre o MAKS 2015. Para nós todos, e para mim pessoalmente, foi uma surpresa que o fato de os resultados do salão aéreo terem superado as nossas expectativas. Foi uma surpresa porque o salão teve lugar no meio das sanções antirrussas. Este ano além da Rússia do salão participaram 30 países (foram 46 no MAKS 2013), mas pequenas empresas e países foram-se embora. Mas na verdade todos os jogadores principais ficaram. Nas condições das sanções nós perdemos só dois países-parceiros. Trata-se da Ucrânia, um velho participante do MAKS que foi sempre representada por um grande número de empresas (cerca de 70). Além disso, perdemos Israel. A perda de Israel é ligada com a aprovação por parte da Rússia do contrato com o Irã sobre o fornecimento do [sistema antiaéreo] S-300. Em resultado Israel ostensivamente desistiu de participar do MAKS.
Os lugares das empresas ucranianas e israelenses foram ocupados por outras empresas. Por exemplo, a China aumentou a sua presença em três vezes. É um índice muito sério. Para um salão aéreo do nível do MAKS o aumento de presença de um país por 20-30 por cento já é um índice sério e no caso da China são 300 por cento!
Aumentou também consideravelmente a presença da República Islâmica do Irã. Comparado com os salões temos o número absolutamente novo de participantes iranianos e a qualidade nova da sua produção. O espaço da exposição iraniana também cresceu em cerca de três vezes…
Apesar de tudo não diminuiu o pavilhão dos EUA. A mesma coisa pode ser dita sobre, por exemplo, o pavilhão francês.
Status
Nós como organizadores do MAKS devemos representar todos os representantes da indústria russa, estruturas estatais e corporações no nível mais alto. E efetuou-se. O MAKS é o único salão aeroespacial que é visitado impreterivelmente pelo presidente russo e ministros de indústria; no MAKS travam-se negociações no nível mais alto.
Em 2015 o MAKS foi pela primeira vez visitado por três políticos estrangeiros em função: vice-presidente do Irã Sorena Sattari, príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos xeque Hamdan bin Mohammed bin Rashid al Maktoum e rei da Jordânia Abdullah II.
Irã
A história da participação da República Islâmica do Irã é extraordinária. O Irã participa do salão de maneira regular já por 20 anos. Lembro-me que em 1993 quando começamos a criar o MAKS, um avião da República Islâmica [do Irã] chegou ao nosso aeroporto de Zhukovsky que estava cheio de altos funcionários oficiais iranianos. E esta tradição foi guardada de ano em ano. Apesar das sanções e resfriamentos nas relações bilaterais. E mesmo nestas condições nós fazíamos tudo para que as delegações iranianas se sentiam bem.
Este caminho longo hoje levou ao fato que os iranianos não só chegam para travar negociações no nível estatal, mas também apareceram empresas iranianas. E vocês podem nomear salões aeroespaciais internacionais nos quais o Irã tenha os seus próprios mostruários? Nos meus próprios olhos um país neutral como o Chile antes da abertura do salão FIDAE fechou estes mostruários após pedido dos EUA. Nós pelo contrário com respeito a todas as regras e normas permitimos damos acesso aos representantes da República Islâmica [do Irã] e a sua produção para ser demonstrada no nosso salão aéreo.