Pular para o conteúdo principal

Equipe técnica vai investigar causas do acidente aéreo em Tumiritinga, MG

Acidente matou prefeito de Central de Minas, Genil da Mata, e funcionário. FAB diz que aeronave era experimental; Anac verifica habilitação do prefeito


G1

Uma equipe dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) do Rio de Janeiro (RJ) deve chegar ao Leste de Minas, na tarde desta quarta-feira (15), para identificar as causas da queda de uma aeronave que matou duas pessoas em Tumiritinga (MG) - entre elas o prefeito de Central de Minas, Genil da Mata Cruz.




Genil pilotava a aeronave e estava acompanhado de um funcionário, identificado como Douglas Silva. O acidente ocorreu nesta terça-feira (14), em uma ocupação do Movimento Sem-Terra, na fazenda que pertencia ao prefeito.

Os corpos das vítimas permanecem no Instituto Médico Legal de Governador Valadares (MG) e devem ser liberados até o início da tarde. Eles serão velados no Ginásio Poliesportivo no Centro de Central de Minas. A prefeitura da cidade decretou luto oficial de sete dias. Segundo o tenente coronel da Polícia Militar, Célio Menezes, os moradores do assentamento afirmaram que a aeronave estava jogando coquetel molotov nas barracas do local.

Em nota, a direção estadual do MST em Minas Gerais, informou que essa não seria a primeira vez que os assentados foram alvos de ataques. No último dia 10, as famílias foram surpreendidas com cerca de 12 pistoleiros, dois veículos e dois tratores. "Os pistoleiros efetuaram vários disparos de balas e foguetes sobre as famílias acampadas. Os tratores foram blindados, preparados para guerra", diz a nota.

O advogado da família do prefeito, Siranides Eliotério Gomes, informou que não tinha conhecimento dos ataques. Ele afirmou que estava preparando a ação de reintegração de posse nesta terça, e teria pedido que o prefeito fizesse o sobrevoo para fotografar a área invadida. As imagens seriam anexadas a petição inicial.

A Força Aérea Brasileira informou que a aeronave era experimental, ou seja, fabricada por um construtor amador. Apesar de estar enquadrada nesta categoria, cabe a autoridade aeronáutica regulamentar a construção, operação e emissão de certificado para autorização de voo.

Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que os veículos experimentais são apenas registrados pelo órgão e a aeronave estava regular. A Anac ainda não informou se o piloto tinha habilitação.

De acordo com uma pessoa próxima ao prefeito, que não quis se identificar, o chefe do executivo tinha o hábito de pilotar, e a aeronave foi comprada recentemente.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul