Por Virgínia Silveira | Valor

A Embraer aposta no jatos E175 e E190 como ideais para a abertura de mercados com baixo risco e a construção de uma malha regional eficiente no Brasil e América Latina. A nova versão do E175 conquistou 70% dos pedidos no segmento de aviação regional nos Estados Unidos.




O presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar Silva, no entanto, diz ser fundamental que o Plano de Desenvolvimento de Aviação Regional incentive a utilização de aviões de porte adequado à demanda das rotas regionais. "O custo de se utilizar um avião de maior porte, como um narrowbody (corredor único) nestas rotas será bem mais elevado, gerando ineficiência no sistema e aumentando a necessidade de apoio para que a operação seja economicamente viável."

O executivo defende que as companhias aéreas no Brasil teriam maior possibilidade de equilíbrio no balanço com o avião nacional, pois a Embraer pode vender as aeronaves e financiá-las em reais, oferecendo também custos de manutenção em reais.

Sobre a concorrência com os modelos turboélice no mercado regional, Silva diz que no ambiente atual, com o preço do barril de petróleo mais baixo, a vantagem competitiva desses aviões em rotas regionais diminui sensivelmente.

Silva acredita que os aviões da Boeing e da Airbus não concorrem diretamente com os jatos da Embraer, mas complementam as operações de jatos maiores de corredor único, como já ocorre nos Estados Unidos e na Europa.

"O E195-E2, por exemplo, tem o tamanho ideal para complementar as operações de jatos maiores, com custo por assento similar, ideal para empresas de baixo custo em mercados de média densidade", afirma o executivo.


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