Pular para o conteúdo principal

Chuva destrói teto de aeroporto em Mato Grosso pela segunda vez no ano

Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, é o principal do estado.
Teto foi danificado na área externa e na cobertura da praça de alimentação.


Renê Dióz
Do G1 MT

Pela segunda vez no ano, o teto do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuíabá), foi destruído pela força dos ventos e da chuva no final da tarde desta segunda-feira (1). Na área externa e na cobertura da praça de alimentação, a estrutura foi gravemente danificada e permitiu que setores do terminal ficassem alagados com a entrada de água da chuva.


Placas do forro do teto do Aeroporto Marechal Rondon despencaram com força da chuva e dos ventos. (Foto: Cassiano Pinto / Arquivo Pessoal)Placas do forro do teto do Aeroporto Marechal Rondon despencaram com força da chuva e dos ventos. (Foto: Cassiano Pinto / Arquivo Pessoal)

O maior estrago foi na área externa, perto da saída do desembarque. Parte do forro se desprendeu das vigas metálicas que sustentam o teto e despencou sobre a calçada, perto da área de parada dos taxistas. As placas ficaram amontoadas na calçada e a área chegou a ser isolada com uma fita.

"Quase caiu na cabeça da turma. O pessoal saiu segurando a cabeça, gritando. Foi muito pior do que aquela outra vez", relatou o taxista Cassiano Pinto, que trabalha na região do aeroporto. Felizmente, segundo ele, nenhum carro de colegas teria sido atingido pelas placas - que não são de PVC, mas de metal.

Entretanto, houve pequenos estragos em outros veículos nas proximidades. Uma caminhonete chegou a ter a lataria amassada, um vidro quebrado e um retrovisor ficou tão danificado que acabou pendurado ao carro somente por um fio.

Outros veículos também ficaram marcados pelo choque das placas, mas com danos de menor gravidade, como riscos na lataria. Algumas placas foram arremessadas pelo vento com tal força que voaram a metros de distância da fachada do aeroporto e acabaram caindo sobre veículos no estacionamento.

Quem estava dentro do aeroporto chegou a sentir o teto tremer com a força dos ventos e da chuva, como relatou Michelly Bortolotti, que foi ao terminal levar uma amiga em viagem. Ela contou à reportagem que as placas do forro do teto na praça de alimentação começaram a despencar e a água logo começou a alagar o setor. Logo o local ficou vazio devido ao medo das pessoas de serem atingidas pelas peças e devido ao alagamento.

Na parte externa, o trecho do teto que faz cobertura sobre a saída da sala de embarque para o pátio de aeronaves também foi danificado. Por volta das 19h, a chuva já havia acabado na região.

De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, que administra o aeroporto, as placas de forro do teto foram levadas por ventos de velocidade entre 30 e 40 nós (o que equivaleria a velocidades entre 55 e 74 km/h).

Ainda de acordo com a assessoria, já foram providenciadas a limpeza, a manutenção e os reparos necessários à parte atingida. As placas devem ser posteriormente recolocadas nas vigas metálicas que compõem a estrutura de cobertura do aeroporto. A Infraero não registrou feridos por conta do incidente.

Reincidência

Esta não foi a primeira vez que a incidência de ventos e chuva provoca estragos na estrutura do aeroporto, o qual se encontra em obras de ampliação e reforma.

Em julho, vários pedaços do forro do teto na parte nova do aeroporto (que abrange o setor de desembarque) despencaram sobre a calçada. À época, a Infraero explicou que aquela parte do forro ainda não estava devidamente fixada e exigiu reparos ao consórcio responsável pelas obras de reforma e ampliação do terminal.

Meses antes, em janeiro, um outro incidente lançou dúvidas sobre a estrutura do aeroporto. A chuva provocou vários pontos de goteira na área de embarque do aeroporto e a administração do terminal posicionou diversos baldes para conter a água que caía.

A situação ocorreu algumas horas antes da chegada do ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, para vistoriar as obras do local – as quais, até então, eram prometidas para atender à demanda de turistas gerada pela Copa do Mundo.

Chuva

Além do aeroporto, a chuva que caiu na região metropolitana de Cuiabá nesta segunda-feira causou trechos de alagamento e congestionamento em avenidas como Fernando Corrêa da Costa, perto do viaduto da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e General Mello. Na região do bairro Jardim das Américas, chegou a ocorrer um breve apagão. Na região do Coxipó, houve relato de queda de granizo.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul