Reinaldo Zanon, da Seguralta, investiu US$ 2 milhões na Sky Prime.
Investimento inicial para abrir unidade da rede começa em R$ 150 mil.
Gabriela Gasparin
Do G1, em São Paulo
Apaixonado por aviões desde criança, o empresário Reinaldo Zanon acaba de abrir uma rede de franquias de escolas de aviação civil no país para a formação de pilotos de aviões e helicópteros, além de profissionais do setor, como comissários de bordo e mecânico de aeronave.
O lançamento da Sky Prime ocorreu nesta quarta-feira (12), no primeiro dia da 22ª edição da ABF Franchising Expo, a maior feira do setor de franquias do mundo, que ocorre em São Paulo até sábado (15).
“Eu sou apaixonado por aviação desde criança. É uma paixão antiga. Uni uma paixão com uma oportunidade de mercado”, afirmou, citando a recente demanda das companhias aéreas por profissionais capacitados, uma carência do setor.
Para a concretização do sonho, Zanon, que já tem experiência em franquias com a Seguralta (rede do setor de seguros hoje com 500 unidades espalhadas pelo país), investiu mais de US$ 2 milhões na compra de aeronaves, helicópteros e equipamentos. Ele também adquiriu uma escola de aviação (a Fenix Escola de Aviação). “É uma empresa existente há 20 anos no mercado de aviação, com experiência no sistema tradicional de ensino”, disse.
O processo de formação da rede de franquias durou aproximadamente dois anos. Já há quatro unidades fechadas, duas delas com locais definidos (uma no Pará e outra em Araçatuba, no interior de São Paulo). A expectativa é fechar 2013 com 30 escolas vendidas.
O investimento inicial para abrir uma escola de aviação da Sky Prime varia de R$ 154 mil a R$ 204 mil. A mais barata oferece apenas aulas teóricas. A segunda deve estar localizada em cidades onde há aeroportos para realização também de aulas práticas. “O interessado não precisa entender de aviação, mas ter perfil de empreendedor”, disse.
O valor é basicamente para a montagem da unidade das aulas teóricas. As mensalidades pagas pelos alunos do curso de piloto, por exemplo, são de aproximadamente R$ 2,5 mil, sendo que 85% fica com o franqueado, explicou (os 15% são para royalties e taxa de publicidade).
Aulas práticas
Para as aulas práticas, os franqueados não precisam adquirir os aviões ou helicópteros – o que, segundo Zanon, poderia aumentar o investimento inicial em aproximadamente US$ 1 milhão (dependendo, é claro, do preço da aeronave).
A franqueadora elaborou um sistema que fornece as aeronaves e simuladores para a realização das aulas práticas e remunera os franqueados com 10% do valor pago pelos alunos por hora-aula.
A rede atualmente possui sete aviões (quatro Cessna 150, um Baron B58, um Cirrus SR-22, um Piper Arrow) e um helicóptero (Robinson R22 Beta II). Há ainda pedidos para mais quatro aviões e um helicóptero.
De acordo com Zanon, há exigências de horas mínimas de pilotagem para autorizações para piloto particular e comercial. O mínimo é de 40 horas para piloto de avião particular (ele tem que fazer mais 110 para comercial). No caso de helicóptero, para piloto privado o mínimo é de 40 horas (mais 160 horas para comercial).
Dessa forma, os alunos que pretendem ingressar no mercado terão de fazer a quantidade mínima exigida para poder voar. Os preços médios de aula prática são de R$ 800 por hora para helicóptero e de R$ 300 por hora para avião.
Por enquanto, são oferecidas apenas aulas para os pilotos. Os cursos para comissários e mecânico devem ter início em 2014, disse o empresário. “Depois que fizer as aulas, o aluno estará apto a pilotar qualquer avião comercial, como um Boeing ou um Airbus”, afirma Zanon.
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