Pular para o conteúdo principal

Obesos deveriam pagar mais para voar, diz economista

Ian Simpson - Reuters

As companhias aéreas deveriam cobrar mais de passageiros obesos, sugere um economista norueguês, apontando benefícios para a saúde, o ambiente e a economia.

Bharat Bhatta, professor-associado da Faculdade Sogn og Fjordane, disse que o setor aéreo deveria seguir o exemplo de outras formas de transporte que já cobram segundo o espaço ocupado e o peso embarcado.

"À medida que os passageiros perderem peso e, portanto, reduzirem as tarifas, a economia resultante será um benefício para os passageiros", escreveu Bhatta nesta semana na publicação The Journal of Revenue and Pricing Management, especializada em questões de faturamento e precificação.

"Já que um avião de determinado fabricante e modelo pode acomodar mais passageiros leves, isso também pode recompensar as companhias aéreas", além de reduzir o consumo de combustível, o que tem efeitos ambientais positivos.

Bhatta montou três modelos para o que chamou de "precificação aérea ?pague o quanto pesa'".

O primeiro cobraria a tarifa segundo o peso somado do passageiro e da sua bagagem. Seria definido um valor por quilo, de modo que alguém que pesasse 60 quilos pagaria metade da passagem de alguém com 120 quilos (considerando que os dois passageiros hipotéticos viajassem sem bagagem).

Um segundo modelo usaria uma tarifa básica, com a cobrança de um adicional para passageiros mais pesados. Dessa forma, também haveria uma tarifa diferenciada para cada passageiro.

O terceiro modelo, preferido por Bhatta, prevê uma tarifa fixa para passageiros com peso médio. Um desconto ou adicional seria cobrado para quem estivesse abaixo ou acima de determinados limites. Haveria, assim, três tipos de tarifas: "leve", "normal" e "pesada".

Há anos as companhias aéreas discutem como acomodar passageiros que, na média, estão se tornando maiores e mais roliços. Empresas como Air France e Southwest Airlines, por exemplo, permitem que passageiros obesos comprem assentos adicionais e recebam um reembolso parcial sobre eles. A United Air Lines solicita a passageiros que não caibam confortavelmente em uma só poltrona que comprem uma segunda passagem.

Cerca de dois terços dos adultos nos EUA estão acima do peso ou são obesos. Numa pesquisa em 2010 para o site de viagens Skyscanner, 76 por cento dos viajantes disseram concordar que as companhias aéreas cobrem a mais de passageiros que precisem de um assento adicional.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Avião da TAM retorna após decolagem

Jornal do Commercio SÃO PAULO – Um avião da TAM, que partiu de Nova Iorque em direção a São Paulo na noite de anteontem, teve que retornar ao aeroporto de origem devido a uma falha. Segundo a TAM, o voo JJ 8081, com 196 passageiros a bordo, teve que voltar para Nova Iorque devido a uma indicação, no painel, de mau funcionamento de um dos flaps (comandos localizados nas asas) da aeronave. De acordo com a TAM, o avião passou por manutenção corretiva e o voo foi retomado à 1h28 de ontem, com pouso normal em Guarulhos (SP) às 10h38 (horário de Brasília). O voo era previsto para chegar às 6h45. A companhia também informou que seu sistema de check-in nos aeroportos ficou fora do ar na manhã de ontem, provocando atrasos em 40% dos voos. O problema foi corrigido.

Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo e já havia sido multada por atividade irregular, diz Anac

Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Multa foi de R$ 8 mil. Anac abriu investigação. Por  G1 SP A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. Ainda segundo a Anac, a empresa foi multada, em 2011, por atividade irregular. Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal "A empresa RQ Serviços Aéreos Ltda foi autuada, em 2011, por veicular propaganda oferecendo o serviço de voos panorâmicos em aeronave e por meio de empresa não certificada para a atividade. Essa atividade só pode ser executada por empresas e aeronaves certificadas na modalidade táxi aéreo. A autuação foi definida em R$ 8 mil

A saga das mulheres para comandar um avião comercial

Licenças concedidas a mulheres teêm crescido nos últimos anos, mas ainda a passos lentos. Dificuldades para ingressar neste mercado vão do alto custo da formação ao machismo estrutural Beatriz Jucá | El País Quando Jaqueline Ortolan Arraval, 50 anos, fez a primeira aula experimental de voo, foi mais por curiosidade do que por qualquer pretensão de virar piloto de avião. Era início dos anos 1990 e pouco se via mulheres comandando grandes aeronaves comerciais no Brasil. "Eu achava que não era uma profissão pra mim", conta. Ela trabalhava no setor processual em terra de uma grande companhia aérea, e o contato constante com colegas que estudavam aviação lhe provocaram certo fascínio. Perguntava tanto sobre a experiência de voo que um dia um amigo lhe convidou para acompanhá-lo em uma das aulas. A curiosidade do início se tornou um sonho profissional, e Jaqueline passou a frequentar aeroclubes e trabalhar incessantemente para conseguir pagar as caras aulas de aviação e acumul