DA REUTERS
O governo está atento para os balanços trimestrais ruins das companhias aéreas, o enxugamento de malha aérea e as demissões de funcionários do setor, disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, nesta segunda-feira.
Bittencourt disse que o governo está acompanhando de perto as dificuldades enfrentadas pelas companhias aéreas nacionais. "O setor aéreo é muito volátil e historicamente tem muita dificuldade porque é muito sensível em seus custos -- que têm crescido muito mundialmente", disse o ministro após visitar o aeroporto do Galeão.
"O preço do petróleo subiu muito, e ele representa 40% dos custos", disse. "As empresas estão se ajustando."
Ao ser questionado se o setor poderia receber ajuda do governo, o ministro disse que a situação das empresas "não é simples".
"É uma situação delicada. Estamos conversando e avaliando", disse Bittencourt. "A margem do setor é estreita. Com custos subindo e preços das passagens caindo, a vulnerabilidade aumenta".
COPA DE 2014
O ministro da Secretaria de Aviação Civil minimizou o prognóstico do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão de pesquisa ligado ao governo que disse que 9 dos 13 aeroportos que serão usados na Copa de 2014 nao ficarão prontos a tempo do mundial.
"Aeroportos não serão problema para a Copa", disse. "Os prazos estão em dia. Tem que perguntar ao Ipea como chegou a essa conclusão".
NOVAS CONCESSÕES
Em 2012, o governo concedeu à iniciativa privada três aeroportos -- Viracopos, Brasília e Guarulhos --, mas não há planos de novas concessões no momento, disse o ministro.
Até a Copa, Bittencourt disse que o governo vai investir R$ 3,6 bilhões nos aeroportos não privatizados.