AFP

SÃO PAULO, Brasil, 20 Mar 2012 (AFP) - A brasileira Embraer, terceira do planeta na montagem de aviões comerciais, obteve um lucro líquido de R$ 156,3 milhões em 2011, uma queda de 72,7% em relação a 2010, revelou a própria companhia nesta terça-feira (20).

Com a exclusão de impostos e contribuição social, a Embraer teve lucro de R$ 296,2 milhões, destacou a empresa, o que representa por sua vez uma queda de 52,88%..


No quarto trimestre, a empresa registrou um resultado negativo de R$ 171,6 milhões, uma queda de 182,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. No terceiro trimestre, a perda foi de R$ 200 mil (US$ 115 mil na época do anúncio).


Segundo a Embraer, o resultado operacional foi "impactado negativamente" pelo cancelamento de vários pedidos da empresa AMR - associada à americana American Airlines, declarada recentemente em bancarrota -, assim como vários jatos executivos.


"A AMR atualmente opera 216 jatos da família ERJ 145 por meio de sua subsidiária American Eagle. Como resultado do pedido de quebra da AMR e da provável modificação do perfil de sua frota, a Embraer previu um total de R$ 583,2 milhões para fazer frente a possíveis encargos relacionados às garantias finaceiras e valor residual emitidas quando do financiamento destes 216 aviões", afirmou a companhia no texto.


A Embraer afirmou também que "contratou empresas independentes para avaliar as aeronaves com o fim de estimar o valor de mercado desses aviões" operados pela AMR.


A empresa afirmou que se "forem excluídos todos os eventos extraordinários", que tiveram um efeito líquido de cerca de R$ 556 milhões no quarto trimestre, o lucro nesse período teria sido de R$ 523,3 milhões.


No total, durante o ano passado a empresa entregou 105 aeronaves comerciais e 99 executivas, sendo 32 e 50, respectivamente, no quarto trimestre. Assim, a receita líquida da Embraer em 2011 foi de R$ 9,858 bilhões, 63,6% correspondente ao segmento de aviação comercial.


A Embraer, que conta com 17.253 funcionários, é o terceiro maior fabricante de aviões comerciais, atrás das gigantes Boeing (Estados Unidos) e Airbus (União Europeia).

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